BIOLOGIA REPRODUTIVA DO FALSO-VOADOR, Dactylopterus volitans (TELEOSTEI: DACTYLOPTERIDAE), NO LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL

Autores

  • Janaina F. Machado Bióloga, Estagiária do Instituto de Pesca - SAA - SP
  • Raquel M. Zambeli Bióloga, Estagiária do Instituto de Pesca - SAA - SP
  • Marcelo Vianna Biólogo, Doutor, Pesquisador Científico do Instituto de Pesca - SAA - SP

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v35i1-2.30930

Palavras-chave:

Dactylopterus volitans, biologia reprodutiva, litoral norte de São Paulo.

Resumo

A pesca do camarão-rosa (Penaeus sp.) no Sudeste brasileiro não está direcionada apenas para este recurso pesqueiro, causando impacto sobre o estoque de diversas espécies, dentre elas o falso-voador, Dactylopterus volitans. Neste trabalho, a biologia reprodutiva da espécie foi analisada com base em 592 exemplares coletados no litoral norte de São Paulo por barcos de pesca, no período de julho de 1995 e agosto de 1996. Registraram-se indivíduos na faixa de 7,0 – 35,5 cm CT, com a moda principal na classe dos 10,0 cm CT. As relações biométricas “comprimento padrão (CP)/comprimento total (CT)” e “peso total (PT)/comprimento total (CT)” foram determinadas pelas equações: CP=0,8276 CT – 0,1746 e PT= 0,0072 CT 3.097. Os valores de L50 estimados para fêmeas, machos e total foram 17,38 cm, 19,25 cm e 18,09 cm, respectivamente. Comparando-se K, K´e RGS, observa-se um aumento no peso gonadal entre os meses de novembro e fevereiro, indicativo da época da desova. Os valores de L50´ da moda de comprimento e do período reprodutivo mostram que a participação de juvenis na captura é bastante elevada e que o período de defeso do camarão-rosa não preserva o estoque reprodutor do falso-voador, comprovando o grande impacto da pesca camaroneira sobre esta espécie.

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Publicado

2017-12-14

Edição

Seção

Artigos originais