DISTRIBUIÇÃO BATIMÉTRICA DE RECURSOS PESQUEIROS NO TALUDE CONTINENTAL DO SUDESTE DO BRASIL

Autores

  • Melquíades Pinto Paiva Pesquisador-bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq). Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cidade Universitária, Rio de Janeiro, 21944- 970, Brasil
  • Danielle Sequeira Garcez

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v31i1-2.31380

Palavras-chave:

distribuição batimétrica, barcos linheiros, recursos pesqueiros, talude continental, sudeste do Brasil, abundância relativa, faixas de profundidade.

Resumo

Este trabalho trata da distribuição batimétrica de recursos pesqueiros no talude continental do sudeste do Brasil, entre as latitudes 23' - 26' S, com base nos dados das pescarias de linheiros (1986 - 1995), em profundidades de 201 - 650 m. As principais espécies explotadas foram as seguintes, com as correspondentes participações no total das capturas: batata, Lopholatilus vilarii Ribeiro (59,2%); namorado, Pseudopercis numida Ribeiro (20,9%); e cherne, Epinephelus niveatus (Valenciennes) (9,9%). A produção de pescado e o esforço de pesca tenderam a decrescer com o aumento da profundidade dos pesqueiros, o oposto acontecendo com a abundância relativa (CPUE), pelo menos até a isóbata de 550 metros. No conjunto das pescarias, a média da CPUE correspondeu a 0,8 kg/anzol-dia. As três espécies principais foram
pescadas em profundidades de até 650 metros. As maiores capturas do batata ocorreram entre 201 - 300 m de profundidade e a CPUE tendeu a crescer com o aumento da fundura dos pesqueiros - seu valor médio foi 0,5 kg/anzol-dia. As maiores capturas do namorado e do cherne  ocorreram entre 201 - 250 m de profundidade e as CPUEs médias foram 0,2 e 0,1 kg/anzol-dia, respectivamente. Apenas para o batata os dados sugerem migração para águas mais profundas, a qual pode ocorrer durante o inverno.

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Publicado

2018-03-05

Edição

Seção

Artigos originais