A PESCA DE LAGOSTAS NA PLATAFORMA CONTINENTAL AMAZÔNICA

The lobster fishing on the Amazonian continental shelf

Autores

  • Israel Hidenburgo Aniceto Cintra Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, Montese, Belém, Pará, Brasil
  • Francisco José da Silva Santos Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará
  • Kátia Cristina de Araújo Silva Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos/Universidade Federal Rural da Amazônia https://orcid.org/0000-0002-2862-147X
  • Bianca Bentes da Silva Instituto de Estudos Costeiros/Universidade Federal do Pará
  • Maria Eduarda Garcia de Sousa Pereira Instituto Federal do Pará (Campus Cametá)
  • Alex Garcia Cavalleiro de Macedo Klautau Centro de Conservação da Biodiversidade Marinha do Norte/ Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v52i2.41666

Resumo

A exploração de lagostas no Brasil, desde a década de 1960, destaca-se como um dos principais itens da balança comercial. O estudo descreve a pesca de lagostas realizada na Plataforma Continental Amazônica. Os dados foram coletados no período de agosto de 2014 a novembro de 2015. Na costa norte do Brasil, apenas embarcações artesanais atuam na pesca e utilizam a caçoeira como apetrecho. As embarcações são denominadas de “universais”, pois também atuam em outras pescarias. Observou-se a ocorrência de três espécies de lagostas com importância comercial: Panulirus meripurpuratus (Giraldes & Smyth, 2016), Parribacus antarcticus (Lund, 1793) e Scyllarides delfosi (Holthuis, 1960). Na rotina de bordo, ficaram nítidos a falta de higienização das estruturas e o inadequado manuseio durante as pescarias. Quanto aos aspectos legais, observa-se um cenário preocupante, despontando, entre vários fatores, o número de embarcações, a permissão de pesca e o uso de apetrecho de pesca ilegal. A área de atuação da frota está se deslocando para o norte, sendo, possivelmente, motivada pela busca de novos locais de pesca e pela rivalidade entre as frotas lagosteira e pargueira que compartilham a mesma área de pesca.
Palavras-chave: costa norte, pesca artesanal, biodiversidade.

Biografia do Autor

Israel Hidenburgo Aniceto Cintra, Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos (ISARH), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Av. Presidente Tancredo Neves, 2501, Montese, Belém, Pará, Brasil

Graduação em Engenharia de Pesca (1988), Especialização em Tecnologia de Produtos Pesqueiros (1991), Mestrado em Engenharia de Pesca (1996) e Doutorado em Engenharia de Pesca (2009) pela Universidade Federal do Ceará. É professor do Curso de Engenharia de Pesca e do Programa de Pósgraduação em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais da Universidade Federal Rural da Amazônia. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Dinâmica Populacional de Crustáceos, Pesca artesanal e industrial Região Norte e Ciência e Tecnologia do Pescado, atuando nos seguintes temas: Programa Revizee, lagosta, caranguejo uçá, camarão rosa, camarão do amazonas, siris, mapará, pescada branca, curimatá, jatuarana, Bacia do AraguaiaTocantins, UHE Tucuruí.

Francisco José da Silva Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará (1999). Especialização pela a Universidade Federal do Pará (2010). Mestrado em Aquicultura e Recursos Aquáticos Tropicais, pela Universidade Federal Rural da Amazônia. Atualmente trabalha como Professor de ensino básico técnico e tecnológico, vinculado ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPa. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros, Assistência Técnica Pesqueira e Aqüicola, com ênfase em NAVEGAÇÃO e TECNOLOGIA PESQUEIRA.

Kátia Cristina de Araújo Silva, Instituto Socioambiental e dos Recursos Hídricos/Universidade Federal Rural da Amazônia

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1990) e doutorado em Recursos Biológicos da Zona Costeira Amazônica pela Universidade Federal do Pará (2012). Atualmente é professora adjunta II da Universidade Federal Rural da Amazônia e pesquisadora do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte. Tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em Manejo e Conservação de Recursos Pesqueiros Marinhos, atuando principalmente nos seguintes temas: decapoda, região norte, crustáceos, revizee norte e camarões.

Bianca Bentes da Silva, Instituto de Estudos Costeiros/Universidade Federal do Pará

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2001), mestrado em Zoologia - Museu Paraense Emílio Goeldi (2004) e doutorado em Ecologia Aquática e Pesca pela Universidade Federal do Pará (2011). Atualmente é professor adjunto IV da Universidade Federal do Pará e orientador de mestrado no Programa de Pós Graduação em Recursos Pesqueiros Tropicais e Aquicultura da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). È coorientador de doutorado nos programas de Ecologia Aquática e Pesca (PPGEAP) e Biologia Ambiental (PPBA) da Universidade Federal do Pará. Tem experiência na área de Zoologia, com ênfase em Ictiologia e Carcinologia atuando principalmente nos seguintes temas: pesca artesanal e industrial, dinâmica de populações pesqueiras, avaliação de estoques pesqueiros, carcinologia e manejo de recursos aquáticos.

Maria Eduarda Garcia de Sousa Pereira, Instituto Federal do Pará (Campus Cametá)

Possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal Rural da Amazônia (2005) e Mestrado em Biologia Ambiental pela Universidade Federal do Pará (2008). Atualmente é Extensionista Rural e coordenadora do Escritório local de Bragança da EMATER-PARÁ, atuando nas áreas de Assistência Técnica, Extensão Rural e pesquisa voltado a Pesca e Aquicultura. Tem experiência em elaboração de projetos de custeio pesqueiro e de piscicultura, arte naval e segurança, criação de peixes e camarão amazônico, tecnologia do Pescado, Cadastro Ambiental Rural, aplicação de metodologias de ATER, dinâmica de populações e avaliação de estoques pesqueiros. Habilitada a tripular ou conduzir pequenas embarcações de até 8 metros de comprimento,incluindo lanchas do tipo LAEP-7 com motor de centro, empregadas na navegação interior.

Alex Garcia Cavalleiro de Macedo Klautau, Centro de Conservação da Biodiversidade Marinha do Norte/ Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2005) e Mestrado em Recursos Aquáticos Tropicais pela Universidade Federal Rural da Amazônia. Analista Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, desenvolve pesquisas na área de Conservação Marinha e Recursos Aquáticos. Ocupa o cargo de Coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Norte do Brasil - Cepnor/ICMBio. Atua na área de Gestão de Recursos Pesqueiros e Pesca, Conservação Costeira, Ecologia e Manejo de Espécies e Monitoramento Marinho.

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Publicado

2020-03-11

Edição

Seção

Artigos originais