ESTUDO DO IMPOSEX NO GASTRÓPODE Stramonita brasiliensis (CLAREMONT; DG REID, 2011) NOS MUNICÍPIOS DE ACARAÚ E ITAREMA, LITORAL OESTE DO CEARÁ, BRASIL

Autores

  • Juliana Andrade Monteiro Rodrigues
  • Marcos Roberto dos Santos
  • Rafaela Camargo Maia Instituto Federal do Ceará - Reitoria, Campus Acaraú. Laboratório de Ecologia de Manguezais - ECOMANGUE.

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v53i1.43641

Resumo

Compostos orgânicos de estanho, como o TBT, foram amplamente utilizados em todo mundo por vários anos como componente ativo em tintas de ação anti-incrustante para embarcações. Devido à toxicidade aos organismos marinhos, em 2008 a utilização dessas tintas foi proibida. Entre as alterações provocadas na biota destaca-se o imposex, caracterizado pelo surgimento de estruturas sexuais masculinas em fêmeas. A espécie Stramonita brasiliensis é sensível a esse composto, sendo utilizada como biomarcador. O presente estudo foi realizado em duas áreas estuarinas, sendo uma portuária e uma não portuária, no litoral oeste do Ceará, Brasil. Os índices utilizados para quantificação de imposex foram a porcentagem de fêmeas afetadas pelo imposex em cada ponto (%), o índice do comprimento relativo do pênis (RPLI), o índice do tamanho relativo do pênis (RPSI) e o índice de desenvolvimento do vaso deferente (VDSI). Apenas a região portuária apresentou organismos com imposex, com 82,2% de incidência, com índices RPSI = 0,67, RPLI = 18,8 e VDSI que variou de 0 a III. Diante do exposto, evidencia-se que, apesar da proibição de venda de tintas à base de TBT, registra-se imposex em Stramonita brasiliensis em Itarema, no Ceará, ampliando espacialmente os limites nacionais atualmente conhecidos para o problema.

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Publicado

2020-08-31

Edição

Seção

Notas Científicas