TAXONOMIC IMPLICATIONS OF THE RESOURCE “BATOIDS” IN COMMERCIAL LANDINGS OF BOTTOM TRAWL FISHERIES IN SOUTHERN BRAZIL

Implicações taxonômicas do recurso “raia” nos desembarques da pesca comercial de arrasto de fundo no Sul do Brasil

Autores

  • Angélica Pereira da Silva nstituto de Ciências Biológicas, Setor de Morfologia, Laboratório de Pesquisa em Chondrichthyes, Universidade Federal de Rio Grande
  • Maria Cristina Oddone nstituto de Ciências Biológicas, Setor de Morfologia, Laboratório de Pesquisa em Chondrichthyes, Universidade Federal de Rio Grande

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v56i1.92920

Resumo

Foi realizado um levantamento das espécies desembarcadas pela frota de pesca de arrasto de fundo do Rio Grande - RS entre os anos de 2001 e 2015. As amostragens ocorreram de modo descontínuo ao longo desse período. O intuito deste estudo foi elucidar a estrutura taxonômica do recurso “raia” na plataforma sul do Brasil, uma importante área para a reprodução desse grupo. O conhecimento das espécies que compõem esse recurso é importante para a conservação. Dos 2360 exemplares amostrados, 15 taxa foram identiϔicados no nível de espécie. As espécies mais comuns foram Rioraja agassizii (n = 617; 26,1%), Sympterygia bonapartii (n= 481; 20,4%), Atlantoraja castelnaui (n = 349; 14,8%), Atlantoraja cyclophora (n = 299; 12,7%) e Zapteryx brevirostris (n = 279; 11,8%). Em menor frequência, foram registradas as seguintes espécies: Sympterygia acuta (4,4%), Atlantoraja platana (1,9%), Dasyatis hypostigma (1,4%), Pseudobatos horkelii (0,6%), Myliobatis goodei (0,5%), Gymnura altavela (0,3%), Psammobatis extenta (0,2%), Psammobatis rutrum (0,2%), Psammobatis lentiginosa (0,1%) e Myliobatis freminvillei (0,04%). Dentre as raias, há varias categorias usadas localmente pelos pescadores na hora de separar os peixes para processamento nas industrias. Os Rajiformes são conhecidos como parte de uma categoria generalizada chamada "emplastro" pelos pescadores para comercialização. Essa categoria inclui A. cyclophora, A. platana, R. agassizii e juvenis de A. castelnaui. No entanto, foi observado que, dentro dessa categoria de pesca, os Myliobatiformes, especialmente as espécies menores, frequentemente são agrupados dentro do "emplastro". Os pescadores também classiϔicam o "emplastro" em "emplastro amarelo", correspondente a S. acuta e nadadeiras peitorais de Myliobatiformes, e "emplastro bicudo", que se refere a S. acuta. As carcaças de A. castelnaui são processadasseparadamente e agrupadas como "emplastro pintado","raia pintada","raia marcela" ou "raia chita". Os Rhinopristiformessão classiϔicados como "raia viola"(peixe-guitarra brasileiro), correspondente a P. horkelii, e "raia banjo" (raia viola de focinho curto), correspondente a Z. brevirostris. Houve um predomínio de fêmeas (1258; 53,3%) em relação aos machos (n = 666, 28,2%) assim como um número considerável de espécimes maduros(n = 545; 23,1%). A modalidade de arrasto parelha foi a mais utilizada (82%) e demonstrou ter maior propensão a capturar espécies de tamanhos médios a grandes.

Palavras-chave: Biodiversidade, By-catch, Conservação de espécies, Elasmobrânquios, Sobrepesca.

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Publicado

2024-02-08

Edição

Seção

Artigos originais