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TEORIA INSTITUCIONAL: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DA ÚLTIMA DÉCADA NA WEB OF SCIENCE
Francies Diego Motke; Felipe da Silva Ravanello; Glauco Oliveira Rodrigues
Francies Diego Motke; Felipe da Silva Ravanello; Glauco Oliveira Rodrigues
TEORIA INSTITUCIONAL: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DA ÚLTIMA DÉCADA NA WEB OF SCIENCE
INSTITUTIONAL THEORY: A BIBLIOMETRIC STUDY OF LAST DECADE IN THE WEB OF SCIENCE
LA TEORÍA INSTITUCIONAL: UN ESTUDIO BIBLIOMÉTRICO DE LA ÚLTIMA DÉCADA EN LA WEB OF SCIENCE
Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão, vol. 14, núm. 2, pp. 63-86, 2016
Universidade Federal do Ceará
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Resumo: O objetivo deste estudo é analisar as características das publicações relacionadas à Teoria Institucional no período de 2005 a 2014. Para isso, utilizou-se da base Web of Science da ISI Web of Knowledge buscando a identificação das principais áreas temáticas, autores, instituições, título das fontes, países, idiomas e ano destas publicações. Além disso, 20 tópicos foram relacionados com esta a Teoria Institucional para o cálculo do índice h-b, índice m e identificação dos hot topics, de acordo com a metodologia de Banks (2006). Os resultados revelam que o maior número de publicação pertence aos autores Lai e Wright, publicado majoritariamente no periódico Journal of Business Ethics, com destaque à instituição University of Nottingham, concentrado principalmente nos Estados Unidos e redigidos em inglês. Identificou-se que Mudanças institucionais, Estratégia, Empreendedorismo, Inovação, Teoria da Agência, Economias emergentes, Governo e Teoria Baseada em Recursos são hot topics relacionados à Teoria Institucional. Através da comparação dos artigos mais citados com os autores com maior número de publicações identificou-se que Sarkis, Meyer, Marquis, Zhu e Dacin podem ser considerados como referências em estudos que contemplem a Teoria Institucional

Palavras-chave:Teoria InstitucionalTeoria Institucional,Pesquisa bibliométricaPesquisa bibliométrica,AdministraçãoAdministração,InstituiçõesInstituições,Web of ScienceWeb of Science.

Abstract: The objective of this study is to analyze the characteristics of publications related to the Institutional Theory from 2005 to 2014. For this, we used the base Web of Science ISI Web of Knowledge seeking to identify the main subject areas, authors, institutions, title of sources, countries, languages ​​and years of these publications. In addition, threads 20 have been related to this Institutional Theory for calculating the index HB, identification index I of hot topics, according to the methodology Banks (2006). The results show that the highest number of publication lies with the authors Lai and Wright, mostly published in the Journal of Business Ethics, especially the institution University of Nottingham, mainly concentrated in the United States and in English. It was identified that Institutional changes, Strategy, Entrepreneurship, Innovation, Agency Theory, Emerging economies, Government and Resourses-based Theory are hot topics related to Institutional Theory. By comparing the most cited articles to the authors with the most publications identified that Sarkis, Meyer, Marquis, Zhu and Dacin can be considered as references studies that address the Institutional Theory.

Keywords: Institutional Theory, Bibliometric research, Administration, Institutions, Web of Science.

Resumen: El objetivo de este estudio es analizar las características de las publicaciones relacionadas con la Teoría Institucional entre 2005 y 2014. Para ello, se utilizó la base Web of Science de ISI Web of Knowledge buscando identificar las principales áreas temáticas, autores, instituciones, título de las fuentes, países, idiomas y años de estas publicaciones. Además de eso, 20 tópicos se han relacionado con esta Teoría Institucional para el cálculo del índice de h-b, índice m e identificación de los temas de actualidad, de acuerdo con la metodología de Banks (2006). Los resultados muestran que el mayor número de las publicaciones corresponde a los autores Lai y Wright, publicadas en su mayoría en el Journal of Business Ethics, especialmente como institución aparece la Universidad de Nottingham, la concentración fue principalmente en los Estados Unidos y fueron publicadas en inglés. Se identificó que los cambios institucionales, Estrategia, Emprendimiento, Innovación, Teoría de la Agencia, Economías emergentes, Gobierno y Teoría Basada en Recursos son temas de actualidad relacionados con la teoría institucional. Mediante la comparación de los artículos más citados con los autores de la mayoría de las publicaciones se identificó que Sarkis, Meyer, Marqués, Zhu y Dacin pueden ser considerados como referenciales en estudios que abordan la Teoría Institucional.

Palabras clave: Teoría Institucional, Investigación bibliométrica, Administración, Instituciones, Web of Science.

Carátula del artículo

TEORIA INSTITUCIONAL: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO DA ÚLTIMA DÉCADA NA WEB OF SCIENCE

INSTITUTIONAL THEORY: A BIBLIOMETRIC STUDY OF LAST DECADE IN THE WEB OF SCIENCE

LA TEORÍA INSTITUCIONAL: UN ESTUDIO BIBLIOMÉTRICO DE LA ÚLTIMA DÉCADA EN LA WEB OF SCIENCE

Francies Diego Motke
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Brasil
Felipe da Silva Ravanello
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Brasil
Glauco Oliveira Rodrigues
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Brasil
Contextus – Revista Contemporânea de Economia e Gestão, vol. 14, núm. 2, pp. 63-86, 2016
Universidade Federal do Ceará

Recepção: 26 Fevereiro 2016

Aprovação: 22 Agosto 2016

1 INTRODUÇÃO

As bases do modelo institucionalista no estudo das organizações foram lançadas por Phillipe Selznick em 1948 com a obra Foundations of the Theory of Organization, ao rejeitar as concepções racionalistas e visualizar as instituições como variáveis independentes (SUDDABY, 2010). Selznick (1972) definiu a institucionalização como um processo que ocorre numa organização ao longo do tempo, reflete suas peculiaridades históricas, construídas pelas pessoas que ali trabalharam, pelos grupos e pelos interesses criados e pela maneira pela qual mantêm relacionamento com o ambiente.

Porém, essa definição é significativamente alterada no final da década de 1970 quando surge a nova versão do institucionalismo sociológico, principalmente com a publicação dos trabalhos de Meyer (1977) e de Meyer e Rowan (1977). Seguindo o conceito de instituição desenvolvido por Berger e Luckman (1985), Meyer e Rowan (1977) definem a institucionalização como o processo pelo qual processos sociais, obrigações ou circunstâncias assumem o status de norma no pensamento e nas ações sociais.

Para Di Maggio e Powell (2001), March e Olsen (1993) e Scott (1995), a década de 1970 é identificada como a da retomada da Teoria Institucional nas ciências sociais e, desde então, a Teoria Institucional é, talvez, a abordagem dominante para a compreensão das organizações.

Bruton, Ahlstrom e Li (2010) apontam que as forças institucionais têm sido identificadas em trabalhos de diferentes áreas do conhecimento, como a sociologia (DIMAGGIO; POWELL, 1988; ROY, 1997), a teoria organizacional (MEYER; ROWAN, 1991), as ciências políticas (BONCHEK; SHEPSLE, 1996), as ciências econômicas (NORTH, 1990), entre outras. Nesse sentido, Hall e Taylor (1996) definem três abordagens dominantes dentro da Teoria Institucional, que são: Institucionalismo Sociológico, Perspectiva da Escolha Racional e Institucionalismo Histórico. Campbell (2004), em seu trabalho, defende uma terceira fase da Teoria Institucional, marcada essencialmente pela unificação dessas três abordagens, que são: Nova Escolha Racional, Organizacional e Institucionalismo Histórico.

Servindo de alicerce para o estudo da ciência nas organizações ao longo de alguns anos, a Teoria Institucional vem evoluindo em sua definição e sendo utilizada em diferentes perspectivas para explicar determinados fenômenos organizacionais. Para isso, torna-se relevante analisar de que forma esta teoria tem contribuído para o avanço do conhecimento atualmente.

Englobando as três abordagens dominantes propostas por Hall e Taylor (1996) e Campbell (2004), revela-se pertinente conhecer quais as características da produção científica internacional que faz uso da Teoria Institucional. Neste sentido, o estudo tem como objetivo analisar as características das publicações relacionadas à Teoria Institucional na base Web of Science (WOS) da ISI Web of Knowledge no período de 2005 a 2014. A WOS consiste em uma base multidisciplinar que possui cerca de 9.000 periódicos indexados, sendo que indexa somente os periódicos mais citados em suas respectivas áreas. É também um índice de citações, informando, para cada artigo, os documentos por ele citados e os documentos que o citaram, permitindo, ainda, analisar as características das publicações e o cálculo de índices de citações (CAPES, 2015).

Para isso, a partir desta primeira análise introdutória, apresentam-se os principais conceitos e discussões acerca da Teoria Institucional ao longo dos anos, o método de estudo utilizado, os resultados encontrados e as considerações finais.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para reforçar o embasamento teórico deste estudo, buscou-se referencias sobre Teoria Institucional, os dados alçados estão expostos nas seções a seguir.

2.1 Primeiros esclarecimentos acerca da Teoria Institucional

As bases conceituais do institucionalismo organizacional moderno foram estabelecidos nas obras de Meyer e Rowan (1977), Zucker (1977), Meyer e Rowan (1983), DiMaggio e Powell (1983), Tolbert e Zucker (1983) e Meyer e Scott (1983). A partir dessas obras, outros trabalhos seguiram suas diretrizes e definiram o curso da teoria por três décadas, dessa forma, a Teoria Institucional é, talvez, a abordagem dominante para a compreensão das organizações (GREENWOOD et al., 2008).

O conceito de instituições foi considerado ambíguo durante muitos anos nos estudos institucionalistas. De acordo com Greenwood et al. (2008), a imprecisão em parte foi resultante da ênfase dos estudos precursores na análise de instituições governamentais. Assim, uma parte dos pesquisadores tratam instituições como modelos que se tornam prescrições culturais e outros as tratam como agências regulatórias da economia política.

A respeito dessa ambiguidade, Greenwood et al. (2008) afirmam que frameworks regulatórios só podem ser considerados instituições se é demonstrado claramente que essas instituições são constituídas por normas e valores sociais dados como certos (taken for granted) e se esses valores são explicitamente identificados. No final dos anos 80 e início dos anos de 90, esse entendimento excessivamente estreito dos processos estava sendo descartado, visto que os estudiosos reconheceram que o mercado eram as instituições (GREENWOOD et al., 2008), onde o primeiro autor a fazer este ponto foi Carroll e Mayer (1986), mas Zucker (1987) e Powell e DiMaggio (1991) fortaleceram a chamada para o exame de todos os tipos de organizações.

Na tentativa de aproximar as temáticas dentro da Teoria Institucional, Hall e Taylor (1996), definem três abordagens dominantes dentro da teoria, que são: institucionalismo sociológico, perspectiva da escolha racional e institucionalismo histórico. No entanto, as três abordagens ainda apresentam conflitos e, a partir disso, em busca de uma resolução, alguns autores sugerem o estabelecimento de uma terceira fase da Teoria Institucional, marcada essencialmente pela unificação dessas abordagens (CAMPBELL, 2004; MAHONEY; THELEN, 2009; THORTON; OCASIO; LOUNSBURY, 2012). Dessa forma, nos últimos anos tem sido compartilhada pelas três abordagens a ideia de que as instituições são composições de elementos culturais cognitivos, normativos e regulativos que juntamente com atividades e recursos associados, fornecem estabilidade e significado à vida social (SCOTT, 2001).

Quadro 1
Similaridades e diferenças na nova escolha racional, organizacional e institucionalismo histórico

Fonte: Campber (2004), adaptado por Costa e Mello (2012).

O Quadro 1, a partir dos estudos de Campbell (2004), apresenta os principais pontos, similaridades e diferenças referentes as abordagens institucionalistas racional, organizacional (base sociológica) e histórica.

Os estudos têm demonstrado que algumas práticas institucionais e estrutura imbricam diferentes atores que possuem diferentes backgrounds, resultando assim em diferentes atribuições de significados e efeitos institucionais (THORNTON; OCASIO; LOUNSBURY, 2012). De acordo com Greenwood et al. (2011) as organizações confrontam complexidade institucional por estarem imersas em um ambiente constituído por múltiplas e contraditórias lógicas institucionais, cada uma delas com uma diferente racionalidade. Partindo dessas considerações e do que já foi discutido até o presente momento, tendo como foco de análise o trabalho de Greenwood et al. (2008), a seguir, apresentaremos uma contextualização nos principais temas discutidos dentro da Teoria Institucional nas três abordagens dominantes propostas por Hall e Taylor (1996) e Campbell (2004) nos anos de 1970, 1980, 1990 e início dos anos 2000.

2.2 A Teoria Institucional nos últimos 30 anos

No final de 1970, as perspectivas prevalecentes na teoria da organização, respondiam a circunstâncias conjunturais, ou seja, as organizações se adaptavam aos seus contextos, às circunstâncias de escala, a incerteza, buscando tomar as ações apropriadas. As teorias vigentes (como da Contingência, Dependência de Recursos, Comportamental) voltadas para a relação entre uma organização e seu ambiente, analisavam como as organizações se adaptavam ou buscavam se adaptar de modo a assegurar um ajuste apropriado e é nesse cenário que aparecem Meyer e Rowan, seguindo Weber, interessados na racionalização e difusão de burocracias formais na sociedade moderna, eles viam como decorrentes de duas condições: a complexidade das redes de organização social e de câmbio e do contexto institucional (GREENWOOD et al., 2008).

Meyer e Rowan (1983) referiram-se ao contexto institucional como as regras, normas e ideologias da sociedade. Zucker (1983) observou a compreensão comum do que é apropriado e, fundamentalmente, do comportamento significativo. Já Scott (1983), por sua vez, ofereceu sistemas de crenças normativas e cognitivas. O foco dos teóricos institucionais, no início, foi a compreensão do papel de significados compartilhados, processos institucionais (como prescrições culturais) e conformidade institucional onde as organizações, ao seguir, tornam-se isomórficas com seu contexto institucional, a fim de assinalar a sua aptidão social e ganhar legitimidade aos olhos do eleitorado crítico (GREENWOOD et al., 2008).

No entanto, Meyer e Rowan (1977) e Zucker (1987) acreditavam que em conformidade com as regras institucionais podem entrar em conflito com os requisitos de eficiência técnica. Outro ponto problemático da tese institucional no final dos anos de 1970 foi referente a definição de instituições, visto que algumas buscavam definir por tipos (exemplo: prisões, hospitais, orfanatos), enquanto outras definiam por setores (exemplo: educação, negócios e exércitos). De acordo com Greenwood et al. (2008) esse conceito problemático de instituição era em parte porque o termo foi usado para cobrir duas ideias muito diferentes: primeiro, um contexto simbólico e influências culturais; e segundo, o contexto quadro regulamentar das agências estaduais e profissionais, uma abordagem mais próxima da de economistas institucionais. A seguir, a partir dos estudos de Greenwood et al. (2008), apresentamos os elementos básicos da tese institucional no final de 1970 e início de 1980:

  1. 1. As organizações são influenciadas por seus contextos institucionais e de rede. O contexto institucional consiste de mitos racionalizados de conduta adequada;

    2. As pressões institucionais afetam todas as organizações, mas especialmente aqueles com tecnologias pouco claras e/ou difíceis de avaliar. Organizações especialmente sensíveis aos contextos institucionais são organizações institucionalizadas;

    3. As organizações tornam-se isomórficas com o seu contexto institucional, a fim de garantir a aprovação social (legitimidade), que fornece benefícios de sobrevivência;

    4. Mesmo que às pressões institucionais possam ser contrárias aos preceitos da eficiência, essa conciliação pode ser formalizada pelas instituições, onde as estruturas simbólicas são desenvolvidas a partir núcleo técnico de uma organização;

    5. As práticas institucionalizadas são normalmente tomadas como consenso, amplamente aceitas e resistentes à mudança.

A partir dos anos de 1980, aos poucos, a tese institucional foi recebendo tratamento mais completo e foi confrontada com dados (SCOTT, 2004). Destaca-se o trabalho de DiMaggio e Powell (1983), que propuseram três mecanismos de difusão: Coercitivo, ocorrem quando componentes externos, normalmente poderosas organizações, incluindo o Estado, forçam as organizações a adotar um elemento organizacional; Normativo, surgem principalmente a partir de projetos de profissionalização; e Mimético, que ocorrem quando as organizações buscam copiar os outros, porque as outras ações são vistas como mais racionais ou por causa de um desejo de evitar parecer diferente das demais. Outra abordagem para a literatura institucional foi iniciada por Tolbert e Zucker (1983), que observaram a difusão de práticas de emprego do serviço público nos governos locais dos Estados Unidos durante um período prolongado. Uma série de estudos, principalmente a partir de pesquisas da Universidade de Stanford (PFEFFER; COHEN, 1984; TOLBERT, 1985; BARON; BIELBY, 1986; FENNELL; ALEXANDER, 1987; PFEFFER; DAVIS-BLAKE, 1987; EISENHARDT, 1988) analisaram o trabalho de Meyer e Rowan (1977) e ideia de que o governo e organizações sem fins lucrativos para usar as práticas de emprego presumidos (pelo pesquisador) para serem práticas exemplares (GREENWOOD et al., 2008). Também foi abordada na década de oitenta a hipótese de que valores sociais em diferentes países usam diferentes práticas organizacionais. Lincoln et al. (1981) comparou as atitudes de trabalhadores japoneses e norte-americanos em 28 organizações, sendo o primeiro de uma série de estudos durante os anos 1980 que analisaram os efeitos da cultura nacional (BIRNBAUM; WONG, 1985; LINCOLN et al., 1986; CARROLL; GOODSTEIN; GYENES ,1988; HAMILTON; BIGGART, 1988). No final da década de 1980, começaram a serem observados os vários meios ou agentes de difusão de práticas institucionais em: Redes Profissionais (BARON et al. 1986), Agências governamentais (Baron et al.; 1986), Consultores de Gestão (GHOSHAL, 1988), Executivos Seniores (Harrison, 1987). Nem todos os estudos foram inteiramente favoráveis do argumento institucional, por exemplo, Pfeffer e Cohen, 1984; DiPrete, 1987; Finlay, 1987; Oliver, 1988, mas a maioria eram favoráveis (GREENWOOD et al., 2008). Segundo Greenwood et al. (2008) uma das razões para o âmbito expansão e diversidade de ideias institucionais foi sua justaposição de sucesso com outras perspectivas teóricas, como Teoria Contingência, Dependência de Recursos e Ecologia populacional.

Muito rapidamente, os estudos que afirmam estar dentro da perspectiva institucional mostravam uma diversidade de abordagens e uso ocasional em vez da perspectiva institucional e as ambiguidades da Teoria Institucional foram se tornando aparentes, porém, no final dos anos 80 e início dos anos de 90, esse entendimento excessivamente estreito dos processos estava sendo descartado, como estudiosos reconheceram que os mercados eram as instituições (GREENWOOD et al., 2008). Os primeiros autores a fazer este ponto foram Carroll e Mayer (1986), mas Zucker (1987) e Powell e DiMaggio (1991) fortaleceram a chamada para o exame de todos os tipos de organizações. Segundo Greenwood et al. (2008) este afastamento de Weber e foco na racionalização seria cada vez mais característica na década de 1990 e serviria para expandir o escopo de aplicações institucionais.

Em termos de investigação, a década de 1990, foi um período rico teoricamente, onde a atenção voltou-se para isomorfismo organizacional, o exame da legitimidade, outra linha de pesquisa analisou a mudança institucional e houve um interesse renovado na noção de lógicas institucionais e um retorno bem-vindo para a importância dos símbolos culturais (GREENWOOD et al., 2008). Scott (1995) apresentou as várias vertentes de análise institucional através da distinção entre os pilares normativos reguladores e cultural cognitivo ou elementos que sustentam as instituições. Segundo Scott (2004) os três pilares são frequentemente encontrados juntos, mas o pilar cultural cognitivo fornece as bases mais profundas de formas institucionais. A contribuição dos pilares de Scott (1995) tornou-se uma das contribuições mais citadas na literatura institucional, porém poucas pesquisas têm operacionalizado de forma satisfatória os três pilares (MIZRUCHI; FEIN, 1999).

Em relação ao isomorfismo institucional, três abordagens foram desenvolvidas para explicar por que as organizações, em geral, são mais ou menos receptivas às pressões institucionais. A abordagem dominante era estrutural e analisou como prescrições institucionais são mediadas por uma posição das organizações definida pelo seu grau de centralidade, status, ou simplesmente por vínculos com outras organizações; uma segunda abordagem para a compreensão de respostas organizacionais às pressões institucionais observou os fatores interorganizacionais; e a terceira abordagem, virou a atenção para noções de identidade organizacional (GREENWOOD et al., 2008).

Outra abordagem na década de 90 foi referente à legitimidade das organizações. Suchman (1995) fez distinção entre legitimidade pragmática, moral e cognitiva, e identificou as várias audiências que lhe conferem. Scott et al. (2000) declarou a necessidade de especificar mais claramente quais os elementos organizacionais são afetados por processos institucionais, que o público confere legitimidade, e qual a forma de legitimidade está sendo conferida. A maioria dos estudos que se seguiram apontaria para o público externo, como os meios de comunicação e associações profissionais e apenas uma minoria observou o papel do público interno (STAW; EPSTEIN, 2000; POLLOCK; RINDOVA, 2003). Sherer e Lee (2002) ofereceram um ponto diferente sobre a legitimidade, e notam que a alta legitimidade permite que as organizações desviar das práticas estabelecidas. No geral, estes resultados demonstram a complexidade da relação entre legitimidade e desempenho (GREENWOOD et al., 2008).

No decorrer dos anos de 1990 e início dos anos 2000, outras abordagens foram bastante destacadas dentro da Teoria Institucional, como: Mudança Institucional, Empreendedorismo Institucional e Lógicas Institucionais (GREENWOOD et al., 2008). Os estudos iniciais de mudança institucional estavam centrados sobre o campo organizacional e, mais tarde, o empreendedorismo institucional surgiu como um termo chave e tornou-se quase sinônimo de mudança institucional. De acordo com Greenwood et al. (2008) o foco de mudança institucional foi a construção e legitimação de novas práticas compreensão do empreendedorismo institucional, tornando-se a indústria dos anos 2000 e indica, mais uma vez, o forte momento e a ênfase nos agentes dentro do trabalho institucional.

A partir da análise dos principais temas e abordagens nos anos de 1970, 1980, 1990 e início dos anos 2000, Greenwood et al. (2008) propuseram novas direções para o estudo da Teoria Institucional, entre eles movimentos sociais, economias emergentes, cultura organizacional e a relação que a Teoria Institucional teria com outras teorias, como a Teria Baseada em Recursos, Teoria da Agência e Teoria dos Custos de Transação.

3 MÉTODO DO ESTUDO

O presente estudo desenvolve-se a partir de uma pesquisa bibliométrica, objetivando a identificação das características das últimas publicações que abordam a Teoria Institucional (Institutional Theory) na base de dados Web of Science (WOS) no período de 2005 a 2014 e identificar quais temas estão sendo abordados e relacionados com esta teoria.

A bibliometria, para Silva (2004), objetiva a análise da atividade científica ou técnica por meio do estudo quantitativo das publicações. Para Rostaing (1997), o estudo bibliométrico consiste na aplicação dos métodos estatísticos ou matemáticos sobre um conjunto de referências bibliográficas. Já para Macias-Chapula (1998, p. 134), a bibliometria “é o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada”.

O estudo possui uma abordagem quantitativa, uma vez que se procurou quantificar algumas variáveis referentes à produção científica sobre a Teoria Institucional.

Para a realização desta pesquisa, foram coletados dados da base Web of Science do Institute for Scientific Information (ISI). Segundo Franceschet (2010), o ISI foi fundado por Eugene Garfield em 1960 e adquirida pela Thomson (hoje Thompson-Reuters) em 1992, e consiste em uma das maiores companhias do mundo da informação.

A Web of Science consiste em uma base multidisciplinar que indexa somente os periódicos mais citados em suas respectivas áreas. É um índice de citações da web que identifica as citações recebidas, as referências cruzadas e os registros relacionados, analisa a produção científica com cálculo de índices bibliométricos e o percentual de autocitações, assim como a criação de rankings por inúmeros parâmetros.

Para isso, utilizou-se, a partir do mecanismo de busca na principal coleção da Web of Science, a palavra-chave Teoria Institucional (Institutional Theory), delimitando a busca para o período de 2005 a 2014.

Para a realização da análise bibliométrica, o estudo buscou identificar as variáveis dispostas no Quadro 2.

Quadro 2
Modelo conceitual para análise bibliométrica

Fonte: Elaboração dos autores.

O h-index (índice-h), proposto por Hirsch (2005) eu sua pesquisa denominada “An index to quantify an individual’s scientific research output”, tem o objetivo de caracterizar a produção científica de um pesquisador. Para Hirsch (2005), a quantificação do impacto e a relevância da produção científica individual são muitas vezes necessárias para a avaliação de pesquisadores e comparação de propósitos.

O índice h-b, proposto por Banks (2006), é uma extensão do h-index e é obtido através do número de citações de um tópico ou combinação em determinado período, listados em ordem decrescente de citações. O índice h-b é encontrado em publicações que tenham obtido um número de citações igual ou maior à sua posição no ranking.

Além disso, Banks (2006) explica o cálculo do índice m, o que é resultado da divisão do índice h-b pelo período de anos que se deseja obter informações. Para a análise destes índices, utilizou-se as definições de Banks (2006) apresentadas no Quadro 3.

Quadro 3
Definições para a classificação de hot topics

Fonte: Banks (2006)

O estudo dividiu-se em quatro etapas. Inicialmente, realizou-se a busca do tópico “Teoria Institucional” (“Institutional Theory”) na principal coleção da Web of Science. O termo foi buscado entre aspas, a fim de garantir que os estudos encontrados fossem os mais fidedignos possíveis ao termo pesquisado. Além disso, delimitou-se a busca para o período de 2005 a 2014. Posteriormente, optou-se pela exibição apenas de artigos, uma vez que este é o tipo de estudo mais utilizado para disseminação do conhecimento no meio acadêmico, resultando em 1.320 trabalhos encontrados. Dessa forma, foram levantadas as informações do número total de publicações, áreas temáticas, autores, instituições, títulos das fontes, países, idiomas e anos das publicações. Na segunda etapa foram identificados os tópicos a serem combinados com o termo Teoria Institucional (Institutional Theory). A partir de uma breve análise das publicações e da análise das direções da teoria sugeridas por Greenwood et al. (2008), enumeraram-se 20 tópicos que possuem relação com a teoria analisada. Com isso, pode-se combinar cada tópico com a Teoria Institucional (Institutional Theory) no período de dez anos (2005 a 2014).

Em seguida, na terceira etapa, realizou-se a classificação das publicações e identificou-se os hot topics por meio do cálculo dos índices h-b e m. Na quarta etapa realizou-se uma análise comparativa entre as publicações mais citadas e os autores que mais publicaram no período. Deste modo, os resultados da pesquisa bibliométrica são expostos a seguir.

4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As principais características da produção científica relacionada à Teoria Institucional são a seguir evidenciadas. Primeiramente, pesquisou-se o termo na principal coleção da Web of Science para o período compreendido entre 2005 e 2014. Posteriormente, optou-se para que fossem exibidos apenas artigos, excluindo outros tipos de trabalho, uma vez que, costumeiramente, os resultados mais relevantes das pesquisas são apresentados desta forma. Com isto, revelou-se a presença de 1.320 trabalhos. Os resultados desta pesquisa estão dispostos a seguir nos seguintes tópicos: características gerais das publicações; hot topics relacionados ao tema; e confronto entre número de publicações por autor e número de citações.

4.1 Características gerais das publicações

A seguir apresentam-se as características gerais das publicações relacionadas à Teoria Institucional de acordo com as seguintes categorias: áreas temáticas, autores, instituições, título das fontes, países e idiomas e ano das publicações.

4.1.1 Áreas temáticas

A Tabela 1, a seguir, apresenta as principais áreas de estudo em que estão sendo publicados artigos que abordem a Teoria Institucional nos últimos dez anos.

Tabela 1
Quantidade de artigos publicados por área temática

Fonte: Web of Science (2015).

Em relação às áreas do conhecimento que abrangem a Teoria Institucional, percebe-se que a área de Economia de Negócios (Business Economics) é a que mais tem apresentado trabalhos abordando a Teoria Institucional. Destacam-se, também, as áreas de Ciências Sociais (Social Sciences) e Administração Pública (Public Administration). Estes resultados evidenciam que os estudos acerca da Teoria Institucional se desenvolvem principalmente nas áreas de Administração e Economia.

4.1.2 Autores

Na Tabela 2, a seguir, apresentam-se os autores que mais publicaram nos últimos dez anos usando a Teoria Institucional em seu estudo.

Tabela 2
Quantidade de artigos publicados por autor

Fonte: Web of Science (2015).

Observa-se que há uma multiplicidade e diversidade de autoria de trabalhos relacionados com a Teoria Institucional. Além disso, nota-se que não existe um autor que seja expoente na publicação de trabalhos relacionados com esta teoria. Os autores com mais publicações são: Kee-hung Lai, da Hong Kong Polytechnic University (China) e Mike Wright, da University of Nottingham (Inglaterra), com 8 artigos publicados cada; e Joseph Sarkis, da Clark University (Estados Unidos), com 7 publicações envolvendo a Teoria Institucional.

4.1.3 Instituições

Na Tabela 3, apresentam-se as principais instituições que mais publicaram trabalhos nos últimos dez anos usando da Teoria Institucional.

Tabela 3
Quantidade de artigos publicados por instituição

Fonte: Web of Science (2015).

Em relação às instituições que mais publicam trabalhos relacionados à Teoria Institucional, destacam-se a University of Nottingham (Inglaterra), com 21 publicações, City University of Hong Kong (China), Texas A&M University (Estados Unidos) e a University of York (Inglaterra), com 19 publicações cada.

4.1.4 Título das fontes

A Tabela 4 apresenta as principais fontes de publicações relacionadas a Teoria Institucional.

Tabela 4
Quantidade de artigos publicados por fonte

Fonte: Web of Science (2015).

A maioria dos estudos que abordam a Teoria Institucional foi publicada no Journal of Business Ethics, periódico que publica trabalhos relacionados às questões éticas nos negócios. Os periódicos International Journal of Human Resource Management, Organization Science e Journal of International Business Studies também se destacam na publicação de trabalhos abarcados da Teoria Institucional. Destaca-se, ainda, que a maioria dos periódicos presentes entre os dez com mais trabalhos envolvendo esta teoria compreendem as áreas de gestão e negócios.

4.1.5 Países e idiomas

A seguir, na Tabela 5, apresentam-se os principais países que têm publicado trabalhos fazendo uso da Teoria Institucional de acordo com a WOS.

Tabela 5
Quantidade de artigos publicados por país

Fonte: Web of Science (2015).

Percebe-se que os Estados Unidos é o país que mais publicou trabalhos envolvendo a Teoria Institucional nos últimos dez anos, com 496 artigos publicados. Outros países que se destacam são a Inglaterra e o Canadá, com 251 e 130 estudos publicados, respectivamente. Percebe-se que estes resultados estão diretamente relacionados com os autores e as instituições que mais publicam usando esta teoria.

Em relação ao idioma mais utilizado nos artigos analisados, destaca-se o inglês, com 1.289 trabalhos publicados, representando 97,652% da amostra.

4.1.6 Ano das publicações

Na Figura 1, a seguir, apresenta-se o número de publicações ao longo dos anos relacionados à Teoria Institucional.


Figura 1
Quantidade de artigos publicados por ano
Fonte: Web of Science (2015).

Em relação ao número de artigos publicados por ano, nota-se que há um aumento significativo no número de trabalhos publicados relacionados à Teoria Institucional no período analisado, demonstrando que o uso desta teoria tem ganhado força nos trabalhos acadêmicos nestes últimos anos. O ano de 2013 apresentou o maior número de trabalhos, com 231 publicações.

4.2 Teoria Institucional e os hot topics

Nesta etapa, investigou-se as publicações que envolvem a Teoria Institucional e os principais tópicos relacionados a esta teoria. Com base em uma análise prévia das publicações encontradas na Web of Science e através das direções indicadas por Greenwood et al (2008) que os próximos trabalhos envolvendo a Teoria Institucional tomariam, foram selecionados 20 tópicos relacionados a esta teoria.

A Tabela 6, a seguir, apresenta o resultado da combinação de cada tópico com o termo “Institutional Theory”, sendo calculado o total de publicações para cada combinação e o índice h-b. Ressalta-se que os resultados apresentados se referem apenas à artigos científicos.

Tabela 6
Total de publicações e índice h-b

Fonte: Web of Science (2015).

A combinação da Teoria Institucional (Institutional Theory) com diferentes tópicos na WOS permitiu a evidenciação de que esta teoria é estudada sob a perspectiva de diversos temas, revelada através do grande número de publicações e elevado índice h-b de grande parte dos tópicos abordados. A partir do índice h-b, fez-se o cálculo do coeficiente “m” para a determinação dos hot topics relacionados à Teoria Institucional, apresentados na Figura 2.


Figura 2
Hot topics do estudo
Fonte: Web of Science (2015).

A partir da classificação de Banks (2006), foi possível identificar, através do cálculo do índice m, os hot topics na combinação com a Teoria Institucional (Institutional Theory). Deste modo, classificam-se como hot topics: Mudanças institucionais (Institutional changes), Estratégia (Strategy), Empreendedorismo (Entrepreneurship), Inovação (Innovation), Teoria da Agência (Agency Theory), Economias emergentes (Emergency economies), Governo (Government) e Teoria baseada em recursos (Resourses-based theory).

Desse modo, pode-se concluir que se encontraram oito hot topics relacionados com a Teoria Institucional (Institutional Theory), ou seja, apresentam índice m ≥ 2 e pode ser considerado um tópico exclusivo com alcance não apenas na sua própria área de pesquisa e, provavelmente, tenha efeitos de aplicação ou características únicas. Já as combinações que apresentaram índice 0 < m ≤ 0,5 podem ser considerados como hot topics emergentes como áreas de pesquisa, e as combinações em que o índice 0,5 < m ≤ 2 podem ser de interesse de pesquisados em um campo específico de pesquisa.

Logo, percebe-se a presença da Teoria Institucional na abordagem de diferentes temáticas, revelando que a teoria é um tema emergente para o desenvolvimento de novos estudos.

4.3 Relação entre os autores com mais publicações e as publicações mais citadas

Na investigação dos trabalhos da WOS relacionados à Teoria Institucional nos últimos dez anos, as dez publicações mais citadas foram selecionadas e estão apresentadas na Tabela 7. A partir daí, compararam-se os autores destes trabalhos com os autores que mais publicam trabalhos fazendo uso desta teoria.

Tabela 7
Relação das dez publicações mais citadas no período (2005-2014)

Fonte: Web of Science (2015).

A comparação das publicações mais citadas com os autores mais citados, a partir da análise dos trabalhos que abordam a Teoria Institucional, revela que há três autores entre os que mais publicam fazendo uso desta teoria e possuem, entre os seus estudos, artigos que constam entre os mais citados considerando esta abordagem, sendo: Sarkis, com 7 artigos publicados no período dos quais 2 estão entre os mais citados; Meyer, com 5 artigos publicados, dentre eles 2 entre os dez mais citados; Marquis, com 6 publicações e com 1 artigo entre os mais citados; Zhu e Dacin, cada um com 5 artigos publicados nos últimos dez anos e cada um com 1 artigo entre os dez mais citados. Isto revela que estes autores, não só produzem um maior número de publicações relacionadas à Teoria Institucional como, também, desenvolvem estudos de grande impacto e relevância, podendo ser considerados referências para esta área do conhecimento.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise de publicações sobre a Teoria Institucional na base de dados Web of Science entre os anos de 2005 e 2014 evidenciou-se a presença de 1.320 artigos, dos quais a grande maioria pertencente à área de Economia de Negócios (Business Economics).

A partir da análise dos resultados, constatou-se que Kee-hung Lai e Mike Wright são os autores com maior número de trabalhos publicados no período e que as instituições University of Nottingham, City University of Hong Kong, Texas A&M University e University of York são a que mais têm publicado estudos envolvendo a Teoria Institucional. Já entre os periódicos, os que se destacam são: Journal of Business Ethics, International Journal of Human Resource Management, Organization Science e Journal of International Business Studies.

Verificou-se, ainda, que os Estados Unidos lideram o ranking dos países que mais publicaram estudos relacionados à Teoria Institucional e o idioma predominante nos trabalhos é o inglês. Quando se analisou o ano das publicações, percebeu-se que houve um aumento significativo no número de trabalhos que fazem uso desta teoria no decorrer do período analisado, demonstrando este tema tem ganhado importância na academia.

Na combinação com a Teoria Institucional (Institutional Theory), identificou-se que os temas Mudanças institucionais (Institutional changes), Estratégia (Strategy), Empreendedorismo (Entrepreneurship), Inovação (Innovation), Teoria da Agência (Agency Theory), Economias emergentes (Emergency economies), Governo (Government) e Teoria baseada em recursos (Resourses-based theory) podem ser considerados hot topics, ou seja, podem ser considerados como tópicos exclusivos com alcance não apenas na sua própria área de pesquisa.

Na busca de encontrar autores que tenham destaque neste tema, realizou-se uma comparação entre os pesquisadores com maior número de trabalhos com os autores dos trabalhos mais citados e percebeu-se que Sarkis, Meyer, Marquis, Zhu e Dacin podem ser considerados como referências em estudos que contemplem a Teoria Institucional.

No decorrer do trabalho, foi possível averiguar a utilidade da ferramenta de buscas da base de dados Web of Science para a realização de pesquisas acadêmicas, podendo ser considerada uma importante ferramenta de auxílio a pesquisadores que busquem informações em sua área de interesse.

Como limitação deste estudo, destaca-se a utilização de apenas uma base de dados específica. Logo, como sugestão de estudos futuros, recomenda-se o aumento da amplitude de fontes, como a utilização de outras bases de dados que comtemplem, também, eventos acadêmicos, tanto nacionais quanto internacionais, além de outras fontes de dados científicos.

Material suplementar
REFERÊNCIAS
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Notas
Quadro 1
Similaridades e diferenças na nova escolha racional, organizacional e institucionalismo histórico

Fonte: Campber (2004), adaptado por Costa e Mello (2012).
Quadro 2
Modelo conceitual para análise bibliométrica

Fonte: Elaboração dos autores.
Quadro 3
Definições para a classificação de hot topics

Fonte: Banks (2006)
Tabela 1
Quantidade de artigos publicados por área temática

Fonte: Web of Science (2015).
Tabela 2
Quantidade de artigos publicados por autor

Fonte: Web of Science (2015).
Tabela 3
Quantidade de artigos publicados por instituição

Fonte: Web of Science (2015).
Tabela 4
Quantidade de artigos publicados por fonte

Fonte: Web of Science (2015).
Tabela 5
Quantidade de artigos publicados por país

Fonte: Web of Science (2015).

Figura 1
Quantidade de artigos publicados por ano
Fonte: Web of Science (2015).
Tabela 6
Total de publicações e índice h-b

Fonte: Web of Science (2015).

Figura 2
Hot topics do estudo
Fonte: Web of Science (2015).
Tabela 7
Relação das dez publicações mais citadas no período (2005-2014)

Fonte: Web of Science (2015).
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