DA OBSOLETA CARÊNCIA DE DOMINAÇÃO A UM NOVO PRINCÍPIO DE REALIDADE SEGUNDO MARCUSE
DOI:
https://doi.org/10.30611/2019n14id41617Palavras-chave:
Marcuse, Freud, Princípio de Realidade, Princípio do Prazer, DominaçãoResumo
Tendo como referência fundamental Eros e Civilização, de Herbert Marcuse, busca-se a compreensão do exposto por Sigmund Freud a respeito das condições em que se deu a formação da cultura e o desenvolvimento da civilização a partir da interpretação marcusiana do pensamento de Freud. Valendo-se então do exposto por Marcuse em sua obra, procura-se a fundamentação para o que fora exposto sobre a substituição do Princípio de Prazer pelo Princípio de Realidade que, com o avanço da civilização, deu lugar ao Princípio de Desempenho. Considera-se para tanto a significação das camadas mentais, identificadas por Freud como Id, Ego e Superego, para a compreensão da repressão dos instintos vitais que tornou possível o Princípio de Realidade, assim como se fez possível o Princípio de Desempenho graças à mais-repressão segundo a interpretação de Marcuse. Partindo-se do entendimento de que a dominação se fez necessária para que houvesse a efetivação da repressão sexual entre os primórdios da humanidade, vale então refletir sobre a possibilidade de um novo Princípio de Realidade, quando não se tem mais a carência dessa dominação, considerando-se para isto o estágio de desenvolvimento da civilização em nossos dias.
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