A RELAÇÃO ENTRE AS MÁXIMAS DE DIÓGENES DE ENOANDA E A FILOSOFIA DE EPICURO
DOI:
https://doi.org/10.30611/2020n16id43647Palavras-chave:
Diógenes de Enoanda, Epicuro, Epicurismo, ÉticaResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar a relação entre as máximas de Diógenes de Enoanda e o que
temos de genuinamente epicureu, ou seja, com o material (cartas, máximas e fragmentos) admitido como de
autoria incontestável de Epicuro. Com essa apresentação, nós evidenciamos a força da ortodoxia da doutrina de
Epicuro, pois, de um modo geral não existem divergências entre o que Epicuro ensinava em Atenas no século III
a.C. e o que Diógenes de Enoanda afirmava ser o Epicurismo no século II d.C. Na verdade, há uma única
máxima que parece não seguir a doutrina de Epicuro (Diog. Oen. 107). Entretanto, essa divergência é justificada
pelo fato de que essa máxima está fragmentada. Nesse sentido, acreditamos que o presente artigo consiste em
uma contribuição positiva para a comunidade acadêmica que se dedica ao estudo do Epicurismo, ainda mais se
considerarmos o fato de que se trata de um epicureu sobre o qual temos poucos artigos, sobretudo no Brasil. Para
a realização desse trabalho, nos servimos aqui das seguintes obras: (i) El sabio camino hacia la felicidad:
Diógenes de Enoanda y el gran mural epicúreo, de Carlos García Gual (2016), da qual retiramos as máximas
de Diógenes de Enoanda; (ii) a Carta a Heródoto, Carta a Pítocles, Carta a Meneceu, bem como as Máximas
Principais e as Sentenças Vaticanas, de Epicuro; (iii) o Livro X da obra Vidas e Doutrinas dos Filósofos
Ilustres, do doxógrafo grego Diógenes Laércio.
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