DA CRÍTICA PLATÔNICA DA ESCRITA À ESCRITA NAS AULAS DE FILOSOFIA
DOI:
https://doi.org/10.30611/2020n20id62608Palavras-chave:
Filosofia Antiga, Escrita, Ensino de FilosofiaResumo
Esse artigo é uma análise da crítica platônica à escrita com o objetivo de contornar essa crítica em busca de um papel positivo da escrita dentro da experiência filósofica. Em nossa análise trabalhamos com as duas principais obras de Platão no qual o filósofo cita a escrita e sua relação com o pensamento filosófico: Fedro e a Carta Sétima, obras que também são utilizadas pela Escola de Tübingen para defender a existência de um Platão esotérico. Para nossa análise utilizamos autores como Franco Trabattoni, estudioso de Platão, e a pesquisa de Michel Foucault e Pierre Hadot que relacionam a filosofia antiga com o conceito de exercício espiritual no qual a escrita está inserida. Essa concepção de escrita permite a superação da crítica platônica à escrita e assim pensarmos a escrita como um instrumento didático nas aulas de Filosofia. Dessa forma, o uso da escrita em sala aula como um exercício espiritual nos leva a um diálogo com método do Silvio Gallo no qual o ensino de filosofia é apresentado como uma oficina de conceitos.
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