A ALIMENTAÇÃO E A ESCASSEZ DO SERTÃO CEARENSE NO FINAL DO SÉCULO XIX

Autores

  • Lorena Machado Farias
  • Carlos Artur Nascimento Alves
  • Matheus Henrique Nogueira Nunes
  • Larissa Raicilene Pimenta Costa de Araújo
  • Leopoldo Gondim Neto

Resumo

Com a grande produção algodoeira, a partir de 1850, houve uma intensa migração da população sertaneja em busca de novas terras, porém, ainda, houve uma insistência por grande parte dos moradores locais em permanecer em seu meio natal. Além disso, a realidade das secas somava-se como outro obstáculo que intensificava a situação. A segurança alimentar desse povo vinha das mudanças climáticas, assim, cada época do ano determinava o que seria plantado e consumido. Ademais, mesmo com tanta miséria e a vida de subsistência, os laços familiares e sociais eram estreitados pela fome. Buscar conhecer como a seca interferiu nos hábitos nutricionais daqueles sertanejos é reconhecer que eles possuíam uma cultura alimentar. A importância de saber o que se come não se resume apenas em compreender o que foi digerido, mas, também, por quais razões e em que momento essa realidade ocorreu. Este trabalho é fruto de pesquisa da disciplina de cozinha cearense e tem como objetivo apresentar uma revisão bibliográfica enfatizando o reconhecimento da cultura alimentar sertaneja diante de péssimas condições climáticas e da falta de recursos, ligando esse fator a acontecimentos históricos que contribuíram para o enriquecimento da alimentação nordestina. A metodologia aplicada será a pesquisa bibliográfica utilizada de obras literárias que evidenciam os costumes da época. Essa reflexão pode contribuir para que se possa pensar no processo gastronômico, realizado ao longo dos anos na cozinha cearense, como um movimento crucial para o desenvolvimento histórico e social da cultura local.

Publicado

2017-05-31

Edição

Seção

IX Encontro de Experiências Estudantis