A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES NECROSCÓPICOS PARA AS AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DE TARTARUGAS MARINHAS

Autores

  • Lucas Alves Rufino
  • Amanda Lima dos Santos
  • Rita de Cássia de Sena dos Santos
  • Carminda Sandra Brito Salmito-Vanderley
  • Jose Renato de Oliveira Cesar

Resumo

No mundo, existem sete espécies de tartarugas marinhas, das quais cinco ocorrem no Brasil. A Chelonia mydas, também conhecida como tartaruga verde ou Aruanã é classificada como vulnerável. Esta é a espécie de tartaruga que apresenta maior ocorrência em avistamentos e encalhes no litoral cearense. O presente trabalho objetivou descrever uma necrópsia de uma tartaruga marinha, e discutir sobre a importância de tais práticas para a conservação destas espécies. Um indivíduo da espécie C. mydas foi encontrado na praia da Taíba por uma banhista que avisou o INTERPESCA/UFC, que coordenou a logística e informou ao Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), o qual transportou o animal ainda vivo ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS/IBAMA). Posteriormente ao óbito o animal foi submetido à necropsia na Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará. Inicialmente o animal foi avaliado quanto a integridade externa, e a seguir o plastrão foi retirado e todos os órgãos internos foram examinados. A tartaruga possuía boa condição nutricional. Também não foram encontradas alterações nos órgãos internos, à exceção do pulmão esquerdo, que se encontrava de tamanho aumentado e, do sistema respiratório superior, que ao ser aberto, apresentou conteúdo espumoso, desde os pulmões até a boca do animal. Possivelmente a morte ocorreu de forma rápida e a causa mortis foi edema pulmonar agudo. Provavelmente o animal permaneceu por tempo prolongado submerso, em decorrência de alguma interação com arte de pesca que o impediu de subir à superfície para respirar e o fez aspirar água para o interior de seu trato respiratório. A determinação da causa mortis de tartarugas marinhas através de exames necroscópicos pode ajudar a compreender as interações antrópicas com a ecologia destes animais, bem como permitir ações preventivas para evitar mortalidades e consequentemente promover a conservação destas espécies.

Publicado

2017-05-31

Edição

Seção

I Encontro de Iniciação Acadêmica