CONTRIBUIÇÃO DE TREINAMENTO EM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM CARDIOLOGIA PARA A FORMAÇÃO MÉDICA

Autores

  • Manuela Pessoa Cruz
  • Sérgio Luiz Arruda Parente Filho
  • Ivens Filizola Soares Machado
  • Filadelfo Rodrigues Filho
  • Frederico Carlos de Sousa Arnaud
  • Elizabeth de Francesco Daher

Resumo

INTRODUÇÃO: Há anos, o treinamento na sala de parada cardiorrespiratória (TSPCR) de um hospital terciário em Fortaleza colabora com o aprendizado de estudantes de Medicina. OBJETIVO: Avaliar objetivamente o aprendizado adquirido por tais acadêmicos durante treinamento em emergência cardiopulmonar. MÉTODOS: Participantes do ciclo TSPCR out/15-mai/16 preencheram, sob consentimento expresso, um questionário sobre seus conhecimentos prévios e adquiridos durante o TSPCR. A análise estatística foi feita com o programa SPSS 20.0. RESULTADOS: Dos 40 estudantes incluídos (22,42±1,92anos), 19(47,5%) tinham vivência em emergência antes do TSPCR, 17(42,5%) eram internos e 23(57,5%) cursavam 7°/8° semestres e 31(77,5%) afirmam que o TPSCR influenciou a escolha de sua futura área de atuação. Foi avaliada de 0-10 a confiança em manejar pacientes com edema agudo de pulmão(EAP), infarto agudo do miocárdio(IAM), conduzir uma reanimação cardiopulmonar(RCP) e interpretar um eletrocardiograma(ECG) antes e após o TSPCR. O crescimento em cada quesito foi calculado subtraindo a nota de antes da nota de depois do TSPCR, transformando este valor em uma porcentagem do máximo. O maior aumento foi no manejo do EAP(45%), seguido de IAM(41,75%), RCP(41,25%) e ECG(29,5%). Estudantes dos 7°/8° semestres apresentaram tendência a maior crescimento no manejo do IAM que os internos (46,52% vs. 35,29%, p=0.067), sem diferença significativa entre os 2 grupos no crescimento para EAP(p=0.163) e para RCP(p=0.134). O grupo com experiência prévia em emergência apresentou crescimento semelhante aos demais. CONCLUSÃO: O TSPCR é uma ótima chance para estudantes crescerem no manejo de condições clínicas prevalentes e descobrirem sua provável área de atuação. Experiências prévias em emergência não influenciaram o crescimento dos estudantes. O manejo do EAP foi a condição clínica mais aprendida, enquanto houve menor avanço na interpretação do ECG. Estudantes do internato expuseram progresso similar aos demais.

Publicado

2017-05-31

Edição

Seção

XXXV Encontro de Iniciação Científica