DESCRIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES REVASCULARIZADOS COM STENT SUBMETIDOS À ANGIOTOMOGRAFIA DE CORONÁRIAS
Resumo
Introdução: A intervenção coronária percutânea (ICP) com implantação de stents, farmacológicos ou não farmacológicos, é um dos principais tratamentos para síndromes coronarianas agudas (SCA). Há um aumento progressivo de registros de intervenções cardiovasculares desde 1991, e somente no período de 1996 a 2004 o número aumentou 2,44 vezes. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em nível ambulatorial acerca de ICP prévia, correlacionando-o aos achados radiológicos obtidos por angiotomografia computadorizada. Metodologia: Estudo epidemiológico realizado por método não probabilístico, retrospectivo através de coleta e análise de prontuários de 1020 pacientes submetidos à angiotomografia de coronárias em Fortaleza – CE, no período de junho de 2013 a fevereiro de 2016. Dos 1020 prontuários analisados, 81 adequaram-se ao estudo por possuírem pelo menos um stent em coronárias. Os dados foram analisados correlacionando a prevalência de stents coronários na população a outros achados na angiotomografia. Resultados: Dos 81 prontuários selecionados para este estudo, 2 não puderam ter o stent avaliado após realização do exame, dos 79 restantes, 75,95% possuem 1 stent, 18,98% possuem 2 stents, 1,26% possuem 3 stents e 3,79% possuem 4 stents. Além disso, 22,78% dos pacientes com stent já se submeteram a técnica de revascularização miocárdica via enxerto arterio-arterial e arteriovenoso, dos quais 44,44% ocluídos. A taxa de reestenose de stent, dentre os que puderam ser avaliados, foi de 6,33%, evidenciando comprometimento da circulação coronária e necessidade de intervenção hemodinâmica. Conclusões: O presente estudo obteve resultados que dialogam com a literatura mundial de forma a ratificar a eficácia do método em estudo em pacientes de grau variado de comprometimento da circulação coronária. Demonstrou ainda uma mudança na história natural da doença com aumento de sobrevida e de qualidade de vida, com diminuição da sintomatologia em 27,84%.
Publicado
2017-05-31
Edição
Seção
XXXV Encontro de Iniciação Científica
Licença
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