ESTUDO DO EFEITO NEUROPROTETOR DA LIRAGLUTIDA EM CAMUNDONGOS SUBMETIDOS AO MODELO DE ABRASAMENTO INDUZIDO POR PENTILENOTETRAZOL
Resumo
O modelo de abrasamento induzido por pentilenotetrazol (PTZ) associa neuroplasticidade e convulsões e através dele é possível estudar progressivas alterações com uma estreita semelhança com a epilepsia clínica. O GLP-1 atua como um fator de crescimento no cérebro e tem sido demonstrado que protege contra o estresse oxidativo e contra a morte em neurônios. Dessa forma, este projeto visa estudar o possível efeito neuroprotetor do agonista de receptores de GLP-1,liraglutida (LIRA) quando usado sozinho, ou em associação com o anticonvulsivante levetiracetan (LEV)em camundongos submetidos ao modelo de abrasamento induzido por PTZ, através da determinação da atividade dos sistemas antioxidantes. Os camundongos swiss (25-34g) receberam PTZ (35mg/kg, i.p. n = 8, cada) em dias alternados, por 21 dias e foram pré-tratados com LEV 50 mg/kg e/ou LIRA (nas doses 75 μg/kg e 150μg/kg) ou salina, por via i.p. Depois, os animais foram sacrificados e as áreas cerebrais (córtex pré-frontal-CPF, corpo estriado-CE, hipocampo-HC) de cada animal foram dissecadas para a realização dos testes: nitrito, TBARS e GSH. Os resultados mostraram que a LIRA 150, associada ao LEV, reduziu o os níveis de nitrito no HC e CPF e de MDA em todas as áreas. Além disso, essa combinação tambémaumentou significativamente os níveis de GSH nas três áreas cerebrais. Na dose de 150, a LIRA sozinha foi capaz de aumentar significativamente os níveis de GSH no CPF, em relação ao grupo PTZ. O estresse oxidativo está diretamente ligado à epileptogênese, logo, infere-se que, a LIRA pode apresentar um papel importante na redução do processo convulsivo. Entretanto, mais estudos devem ser feitos para determinar, efetivamente, tais efeitos, a fim de comprovar se há de fato ação anticonvulsivante.
Publicado
2017-11-08
Edição
Seção
XXXVI Encontro de Iniciação Científica
Licença
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