MORBIMORTALIDADE DO AVC E SEUS CUSTOS PARA O SUS EM FORTALEZA: UM LEVANTAMENTO DE DADOS DO 2š TRIMESTRE DE 2017

XXXVI Encontro de Iniciação Científica

Wiviany Silva de Almeida, Cibele Cunha Santana, Karoline Luanne Santos de Menezes, Jamylle Lima Alves, Lidiane Andrea Oliveira Lima, Renata Viana Brigido de Moura Juca

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode resultar em diferentes alterações neurológicas que interferem na qualidade de vida, além de aumentar os custos com saúde para o SUS. Sua prevalência é maior em adultos e idosos, sendo a primeira causa de morte e incapacidade no país. O trabalho objetivou levantar dados de morbimortalidade e custos hospitalares de indivíduos que sofreram AVC em Fortaleza no segundo trimestre de 2017. O levantamento de dados foi realizado no site TABNET-DATASUS, no período de 1º a 15 de agosto de 2017. Foram coletadas informações dos gastos com assistência hospitalar, taxas de mortalidade, óbitos, internação e dados de média de permanência de internação por AVC (lista morb CID-10: I64 – Acidente vascular cerebral, não especificado como hemorrágico ou isquêmico) no município de Fortaleza neste período. Em Fortaleza, foram registradas 684 internações hospitalares por AVC no SUS (51,66 % do total no estado do Ceará), com 14,32% de óbito (média da taxa de mortalidade de 14,53 óbitos/1000 hab). Desse total de internados, 50,73% era da cor/raça branca, 54,97% era do sexo masculino, com aumento gradual do número de casos a partir de 30 anos, sendo mais prevalente nos intervalos de 50 a 59 (14,91%), 60 a 69 anos (22,07%), 70 a 79 ( 26,90%) e 80 e acima (23,53%). A média de permanência de internação foi de 12,9 dias. Foi gasto um valor total de R$ 750.314,48 com serviços hospitalares (59,65%), com valor médio por internação de R$ 1.192,67, pelo SUS. Os dados coletados demonstram que o AVC ocorre em uma faixa etária na qual a população está ativa no trabalho, independente do sexo e da cor/ raça, gerando, portanto, grandes gastos pessoais com saúde, prejuízos físicos e psicossociais, além dos gastos municipais com serviços hospitalares e ambulatoriais. Portanto, diante do grande impacto social e econômico do AVC, é imprescindível que se fortaleça a linha de cuidado ao AVC desde a atenção primária, na tentativa de minimizar sua morbidade e mortalidade.

Palavras-chave: Fortaleza. Morbimortalidade. Custos. AVC.

Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 2, 2017

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