O SENTIDO DE JOVENS ACERCA DOS HOMICIDIOS JUVENIS

Resumo

Este resumo apresentará a pesquisa de mestrado intitulada “A Produção de Sentido de jovens sobre os Homicídios Juvenis” que está vinculada ao Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará. No Brasil, os jovens são vistos socialmente como produtores da violência, principalmente, os negros e residentes das regiões periféricas dos centros urbanos. No entanto, o que os principais dados sobre violência urbana nos apontam é que o jovem negro e da periferia é o alvo prioritário de várias violências. Fortaleza está no topo das estatísticas no que se refere a homicídios de jovens. No ano de 2016, foi implementado o Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, o qual promoveu uma pesquisa para saber o perfil dos jovens assassinados. Constatou-se que em 5 anos, em Fortaleza, aconteceram 2693 homicídios na faixa etária de 10 a 19 anos. Partindo desses dados faz-se a seguinte pergunta: Que sentidos sobre homicídios juvenis são produzidos por jovens, com o mesmo perfil caracterizado nos censos sobre violência como os alvos de assassinatos em Fortaleza? Nosso objetivo geral é analisar a produção de sentidos sobre os homicídios de jovens que circulam entre jovens negros, pobres e moradores da periferia, que frequentam o CUCA Jangurussu. O lócus da Pesquisa será o CUCA Jangurussu, localizado na regional VI. De acordo com dados da Célula de Vigilância Epidemiologia da SMS, em 2015, o bairro Jangurussu figurou em primeiro lugar no número de homicídios contra adolescentes e/ou jovens. Para tal, teremos uma abordagem qualitativa que compreende uma perspectiva histórica e particular dos participantes. A proposta é realizar um Estudo de Caso e como procedimentos metodológicos as Narrativas de História de Vida. A pesquisa já foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Ceará e encontra-se na fase de inserção do campo e estabelecimento de vínculo de confiança com os jovens para favorecer a realização das entrevistas narrativas.