PROTOCOLO PARA O ATENDIMENTO DE ENCALHES DE TARTARUGAS MARINHAS: UMA ABORDAGEM PRÁTICA DE ATIVIDADES DE CAMPO

Autores

  • Amanda Lima dos Santos
  • Jose Renato de Oliveira Cesar

Resumo

Dentre as áreas de atuação do engenheiro de pesca, a oceanografia biológica e a gestão costeira têm sido abordadas frequentemente nos últimos tempos. Por esta razão são cada vez mais comuns e necessárias as atividades docentes para formação em campo dos alunos que desejam seguir esta área. O encalhe de animais marinhos ocorre quando animais habitantes dos mares e oceanos vêm parar na terra, sejam vivos ou mortos. Os encalhes podem ser simples, quando só um animal encalha, ou em massa, quando dois ou até centenas vem parar na praia. As principais razões que levam ao encalhe de animais marinhos estão diretamente ligadas a doenças como infecções ou parasitas, intoxicação, desorientação e principalmente efeitos antrópicos (interação com a pesca, colisões com embarcações, poluentes, destruição do habitat). Quando estes encalham vivos, os procedimentos adotados incluem o registro fotográfico e a coleta de dados biométricos conforme formulário próprio adotado também para animais mortos, além de serem seguidos alguns outros procedimentos de acordo com o estado do animal. A biometria adotada consiste na coleta de dados do comprimento curvilíneo mínimo do casco e largura curvilínea do casco conforme literatura utilizada para este tipo de pesquisa. A fim de melhorar a compreensão e participação discente da UFC, vêm sendo desenvolvidas diversas atividades e treinamentos para ensino destas técnicas, em especial aos que participam do Projeto Interpesca. A importância da coleta de dados se faz tanto academicamente para os alunos que podem ver na prática as atividades aprendidas em sala de aula como parte da disciplina de zoologia, e, principalmente, importante para a conservação destes animais que, mesmo mortos, podem trazer uma grande quantidade de informações. Por fim, avaliam-se também os impactos do homem no ciclo de vida destes animais e como o engenheiro de pesca pode ajudar a mitigar esta problemática.

Publicado

2017-11-08

Edição

Seção

XXVI Encontro de Iniciação à Docência