A AFETIVIDADE COMO COMPETÊNCIA DO LUDOEDUCADOR: UMA REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA (BRINCARMÓVEL: BRINQUEDOTECA ITINERANTE – IEES.2010.PJ.1424)

Autores

  • Romulo Cunha da Silva Junior
  • Barbara Dezidorio Matos
  • Francisco Honório de Almeida Neto
  • Râmila Silva Paixão
  • Fábio Nogueira Garofo
  • Marcos Teodorico Pinheiro de Almeida

Resumo

O estudo aqui apresentado é o resultado da formação lúdica tateada durante as experiências promovidas pelo projeto de extensão Brincarmóvel: brinquedoteca itinerante, da Universidade Federal do Ceará. Esta escrita objetiva refletir sobre a prática do ludoeducador, debruçando o eixo da discussão sobre a afetividade como competência profissional, uma vez que a relação direta com o sujeito permeia significantemente a ação. O ano de 2017 trouxe consigo a chave que reabriu as portas do projeto Brincarmóvel, permitindo o acolhimento de – aproximadamente – 2.000 pessoas durante os meses de maio a agosto, as quais são oriundas de visitas agendadas por instituições privadas e públicas, bem como, por aquelas de caráter espontâneo. Circunscrito nesta realidade, é reconhecido que o fazer-se ludoeducador é um processo contínuo de aprendizagem profissional e pessoal, visto que, enquanto agente educativo, as experiências construídas ao longo do projeto estão repletas de vivências e trocas formativas humanas que difundem a cooperação, respeito, acolhimento, escuta, fala e autonomia, objetivando contribuir positivamente na vida do outro. Afinal, vestidos da nossa humanidade, somos seres integrados às nossas competências cognitivas, afetivas e motrizes vivendo com comunidade. Destarte, encontrando apoio teórico em Casassus (2009), Chalita (2004), Ribeiro (2010), Sant’ana et al. (2010), Souza (2013) e Unesco (1982), a afetividade é um campo funcional indissociável do fazer-se Homem, permeando a seiva da excitação, das interrogações e da busca humana de Ser. Posto isso, assumindo a cunho educativo da ação do ludoeducador, a competência afetiva profissional é viés vigente durante os momentos de intervenções, os quais se configuram como situações de aprendizagem através do lúdico, do exercício da cidadania e de trocas interpessoais, ou seja, momento de formação integral do Ser. Caso contrário, a negligência da dimensão afetiva gera efeitos reversos.

Publicado

2017-11-08

Edição

Seção

XXVI Encontro de Extensão