A EMERGÊNCIA DE ESTRATÉGIAS COGNITIVAS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE O SOFTWARE SCALA WEB E A REDE SOCIAL FACEBOOK

Autores

  • Amadeu Fernandes de Lima Sobrinho
  • NAYARA DIMA LOPES
  • Rita Vieira de Figueiredo

Resumo

A pesquisa investigou a natureza das estratégias cognitivas utilizadas por sujeitos com deficiência intelectual durante a produção escrita em dois ambientes digital, Scala e Facebook, em contexto de mediação. Verificou se as estratégias cognitivas dos sujeitos diferem com cada ambiente digital e ainda averiguou se a mediação favorece comportamentos de autonomia e de autorregulação desses sujeitos. O estudo contou com a participação de três sujeitos com síndrome de Down, com idade entre 17 e 40 anos. A coleta de dados foi realizada em dois períodos: 2015 e 2016. Foram realizadas oito sessões de intervenção em cada período. No primeiro período utilizavam o Scala para produção textual e o Facebook para publicá-la. No segundo período faziam uso apenas do Facebook para escrever e publicar suas produções. Os sujeitos eram acompanhados por bolsistas PIBIC UFC que atuavam como mediadores. Para atuarem no segundo período da pesquisa, os bolsistas participaram de uma formação específica fundamentada nos princípios de Feuerstein com a finalidade de otimizar as intervenções. Os resultados indicaram que os ambientes digitais parecem mobilizar diferentes estratégias cognitivas por parte desses sujeitos. Entretanto, o Facebook na segunda etapa da pesquisa permitiu que eles planejassem melhor suas atividades. A familiaridade com esse ambiente digital também pode ter motivado os sujeitos a se implicarem melhor em suas atividades. É possível afirmar que a mediação exerceu influência sobre as estratégias cognitivas dos sujeitos, visto que houve aumento da manifestação dessas estratégias no segundo período da pesquisa. Esse fato pode ser justificado com a formação que os mediadores realizaram. As estratégias de mediação ‘questão’ e ‘regulação’ tiveram frequências mais elevadas no primeiro e no segundo período da pesquisa, respectivamente. Isto decorre da importância do mediador monitorar as ações do sujeito com a finalidade de promover a autonomia e autorregulação dos mesmos.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica