ALELOPATIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS EM DIFERENTES ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA CAATINGA

Autores

  • Marco Chrystian Moreira Barreto Filho
  • LARISSE FROTA PONTES
  • Roberta Boscaini Zandavalli

Resumo

Existem diversos mecanismos biológicos que interferem diretamente nos processos químicos durante a sucessão ecológica. Dentre eles, a alelopatia vem a ser as interações químicas mediadas através da liberação de compostos pelas plantas que inibe a presença de outras espécies. Para entender os mecanismos biológicos da sucessão, o presente trabalho teve como objetivo investigar como ocorre a alelopatia das espécies arbóreas de diferentes estágios sucessionais da caatinga. Foram feitos testes de laboratório com espécies nativas iniciais, secundárias e tardias. As sementes foram colocadas para germinar em placa de Petri e incubadas em câmara de germinação do tipo Biochemical Oxygen Demand- B.O.D, com temperatura de 25° C e fotoperíodo de 12 horas luz/12 horas escuro. A preparação do extrato bruto aquoso (E.B.A) foi feita utilizando 50 g de tecido foliar, seco em estufa a 45º C até atingir massa constante e colocado em 500 ml de água destilada. A mistura foi filtrada através de gaze para remover partículas de material vegetal. O delineamento foi inteiramente casualizado (D.I.C), contendo 4 tratamentos com diferentes concentrações de extrato, T1- controle (água destilada), T2- 5%, T3-20% e T4- 40% seguidos de 5 repetições em cada tratamento. Cada placa foi incubada com 15 sementes da espécie alvo, contendo quantidade de extrato de 2,5 a 3 vezes o peso do substrato. A espécie Mimosa tenuiflora, como espécie inicial, reduziu a porcentagem de germinação das outras espécies, enquanto que o Combretum leprosum não teve efeito nas demais espécies. Assim sendo, as espécies iniciais se comportaram de maneira diferente, pois as relações espécie- específicas são tão importantes quanto as condições do ambiente, quando se trata de interações vegetais. As espécies tardias e secundárias se comportaram no geral da mesma forma apresentando maior efeito alelopático, mesmo que pequeno, entre espécies de mesmo estágio sucessional.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica