ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO BÁSICA NA BARRA DO CEARÁ, FORTALEZA – CE

Autores

  • Gabriel Marques Cavalcante
  • ARTUR QUEIROS AZEVEDO
  • BIANCA DE CASTRO MARTINS OLIVEIRA TEÓFILO
  • NAYRA MARQUES PINHEIRO
  • Tatiana Monteiro Fiuza

Resumo

Introdução: A tuberculose é uma doença causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, havendo tratamento e cura. No entanto, é problema de saúde pública mundial por ser uma condição patológica associada a fatores de risco sociais, como baixa renda, moradias precárias e pouco acesso ao saneamento básico ou aos serviços de saúde. Realiza-se, então, uma discussão sobre indicadores epidemiológicos desta enfermidade no território atendido por uma Unidade Básica de Saúde (UBS) situada em uma região de vulnerabilidade social, a Barra do Ceará. Abordar doenças assim nos permite entender que algumas pessoas são mais vulneráveis do que outras a adoecer não apenas no plano biológico, mas também em planos ambientais, psicossociais e econômicos. Metodologia: O estudo tem por base dados referentes à população atendida pela UBS durante o triênio 2015-2017. Os dados advêm do boletim de acompanhamento mensal de TB no modelo do Ministério da Saúde, coletados pelos agentes comunitários de saúde (ACS) e salvos no serviço de armazenamento dropbox, ao qual houve acesso. Foi possível calcular os indicadores dessa população durante esses anos e, de posse dessa informação, se deu um estudo de padrão longitudinal, considerando que as alterações nos indicadores ao longo do tempo nos permitem fazer considerações. Resultados: A taxa padronizada de incidência para 100 mil habitantes foi de 149, 102 e 111 ao longo dos três anos. A prevalência padronizada foi de 102 para 43 e, por fim, para 55 por 100 mil. A taxa de cura de casos novos subiu de 40% para 65% e a taxa de abandono diminuiu de 37% para 23%. Conclusão: Houve melhora nos indicadores isolados, sugerindo que apesar de se tratar de uma região frágil, é possível avançar. Porém, há taxas dessa região, já no fim de 2017, 236% mais graves que taxas nacionais, mais especificamente a incidência. Ilustra-se então que essa população sofre mais com TB justamente pela patogenia atingir mais facilmente pessoas menos privilegiadas.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica