ANÁLISE FITOQUÍMICA DO ÓLEO DE PEQUI DO NORDESTE (CARYOCAR CORIACEUM WITTM)

Autores

  • Lucas Oliveira Lima
  • ANA LETÍCIA DE FREITAS BESERRA
  • PATRICIA GEORGINA GARCIA DO NASCIMENTO
  • CHRISTIANE MARIA MOREIRA SOARES
  • MARY ANNE MEDEIROS BANDEIRA
  • Mary Anne Medeiros Bandeira

Resumo

O pequizeiro, Caryocaraceae, é uma árvore do gênero Caryocar com cerca de 20 espécies diferentes, sendo Caryocar coriaceum Wittm a espécie que ocorre na Região do Cariri (CE), onde é abundante na Chapada do Araripe. Além da sua importância na alimentação, o óleo de pequi é bastante utilizado na medicina popular adicionado ao mel de abelha contra gripes, bronquites e tuberculose pulmonar e em fricções locais como antirreumático e estimulante muscular. O objetivo deste estudo foi realizar a análise fitoquímica do óleo de pequi visando o seu aproveitamento como fitomedicamento. Foram removidas as sementes dos frutos de pequi frescos (Exsicata - Nº43163). O óleo do pequi foi obtido a frio através de maceração em hexano, durante sete dias. Após filtração e evaporação do solvente este foi submetido a saponificação com KOH. Em seguida separou-se os constituintes insaponificáveis através de extração com éter. A água de lavagem foi acidificada, extraiu-se os ácidos graxos com éter, e foram metilados com diazometano. A análise dos ésteres metílicos foi feita por cromatografia gás-líquido usando a coluna DB-5-Dimetilpolissiloxano-30mx0.25mm id-film 0.1 acoplada à espectrometria de massas e a um analisador de dados. A identificação foi com os Índices de Retenção de Kovats como pré-seleção e interpretação dos espectros de massas. As confirmações foram feitas através de comparação visual das fragmentações m/z com a literatura. Os constituintes insaponificáveis foram submetidos à abordagem fitoquímica segundo técnicas farmacognósticas. Detectou-se a os ácidos graxos dos seus ésteres metílicos: ácido palmítico (27,87%);ácido oleico (65,71%);ácido mirístico (0,58%);ácido linoleico (3,75%);ácido linolênico (1,22%),o percentual de 0,87% não foi identificado. A abordagem fitoquímica mostrou a presença de carotenóides, esteróides e fenóis livres. Os resultados comprovaram os da literatura, a metodologia aplicada à frio, conduziu a detecção de um maior teor dos ácidos palmítico e oleico.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica