ANÁLISE ULTRAESTRUTURAL DA VEIA SAFENA MAGNA NA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

Autores

  • Matheus Duarte Pimentel
  • JOSÉ GLAUCO LOBO FILHO
  • HERALDO GUEDIS LOBO FILHO
  • CAROLINA OLIVEIRA SOUSA
  • EMILIO DE CASTRO MIGUEL
  • Jose Glauco Lobo Filho

Resumo

Introdução: A veia safena magna (VSM) segue apresentando considerável relevância no contexto da cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Estudos que indicam perviedade de 60% em 10 anos para este conduto fazem com que a busca por melhores resultados cirúrgicos para os enxertos venosos seja constante. Objetivo: Avaliar, com uso de microscopia eletrônica de varredura (MEV), a ultraestrutura de segmentos de VSM sob diferentes condições de preservação e preparo na CRM. Métodos: Dez segmentos de VSM obtidos de cinco pacientes submetidos a CRM foram divididos em quatro grupos. Segmentos dos grupos 1 (controle) e 2 foram distendidos com sangue arterial heparinizado (SAH) ou soro fisiológico (SF) a 0,9% (grupo 2) a uma pressão constante de 30 mmHg por cinco minutos e em seguida fixados sob esta mesma pressão com solução de fixação, sendo então conservados nesta solução. Segmentos dos grupos 3 e 4 foram distendidos a uma pressão constante de 100 mmHg com SAH (grupo 3) ou SF 0,9% (grupo 4) e então submetidos aos mesmos procedimentos anteriormente descritos. Segmentos venosos foram encaminhados para MEV na Central Analítica da UFC. Resultados: Na análise, notou-se que segmentos de VSM dos grupos 1 e 3 apresentavam pontos esparsos de fratura da camada íntima e discreta perda de células endoteliais, cujo padrão mostrava-se associado à exérese cirúrgica. Segmentos dos grupos 2 e 4, por sua vez, apresentavam considerável perda e separação de células endoteliais, com extensos focos de exposição da membrana basal, numerosas fraturas intimais e importante edema celular, com pronunciação do núcleo das células endoteliais para o lúmen vascular. Conclusão: Análise ultraestrutural dos enxertos evidencia que o preparo destes com solução de soro fisiológico, ainda que sob baixas pressões de distensão, resulta em considerável dano endotelial e possível prejuízo à sua perviedade em longo prazo. Agradecimentos ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da UFC

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica