AQUAMIMETISMO: UMA REVISÃO DE PRINCÍPIOS

Autores

  • Alvaro Luccas Bezerra dos Santos
  • JHONATAS TEIXEIRA VIANA
  • ANA LARISSA BRANDÃO RODRIGUES
  • LUCAS DANIEL BORGES
  • HUDSON DAMASCENO MAIA
  • Aldeney Andrade Soares Filho

Resumo

Segundo a FAO, globalmente, a produção de crustáceos gira em torno de 7,9 milhões de toneladas, sendo que aproximadamente 53% é apenas do Penaeus vannamei. Entretanto, nos últimos anos a carcinicultura mundial vem sofrendo com diversas doenças. Entre os anos de 1974 e 2017 mais de dez doenças foram registradas em cultivos de diferentes continentes. Na visão ambiental muitos cultivos podem ser prejudiciais, principalmente a ecossistemas costeiros, pois o grande aporte de água pode levar consigo matéria orgânica dissolvida e particulada, fertilizantes, probióticos etc., ocasionando alterações ambientais em diferentes escalas. Nesse contexto de inovação, um novo sistema tem sido proposto para suprir as demandas de sanidade e responsabilidade ambiental dos cultivos de camarão, o biomimetismo de ambientes aquáticos ou aquamimetismo. O objetivo do presente trabalho foi fazer uma revisão de literatura sobre os princípios que regem o aquamimetismo, por meio da análise de material científico da área e exposição das principais ideias e conhecimentos. O biomimetismo é definido como uma nova ciência revolucionária que usa nossa compreensão científica dos sistemas biológicos para explorar as melhores ideias da natureza, a fim de construir algumas tecnologias para que possam ser colocadas e induzir resultados positivos em vidas humanas. Estudos avaliaram a introdução do biomimetismo em fazendas de carcinicultura, apontaram o uso de copépodos como alimento natural e imunoestimulante, além do incremento de fontes de carboidrato, como farelo de soja e do farelo de arroz para a estimulação de crescimento do zooplâncton. Esses três elementos compõem o básico do aquamimetismo. Portanto, após a revisão se conclui que este novo sistema de cultivo tem potencial de crescimento, visto que atende as necessidades e responsabilidades econômicas e ambientais exigidas na atividade, renovando a aquicultura sustentável, porém necessita ainda de mais estudos a fim de que a técnica seja otimizada.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica