ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS, ESTRUTURAIS E METALOGENÉTICOS DE UM POSSÍVEL DEPÓSITO DE FERRO HIDROTERMAL NA BORDA DA BACIA DO PARNAÍBA, EM PIRIPIRI-PI.

Autores

  • Bruno Brandao de Lucena
  • JAMILLE VICTORIA LAURIANO FREIRE
  • CÉSAR ULISSES VIEIRA VERÍSSIMO
  • Clovis Vaz Parente

Resumo

O conhecimento sobre depósitos de ferro em bacias sedimentares do Fanerozoico, como as bacias do Parnaíba, Amazonas e Paraná, era restrito aos depósitos sedimentares do tipo Ironstone que exibem uma mineralogia dominada por hematita em texturas oolíticas e pisolíticas e de baixo teor. Todavia, o presente trabalho, envolvendo cartografia geológica, com suporte de dados aerogeofísicos, em escala de semi-detalhe, identificou importantes ocorrências de ferro de origem magmática/hidrotermal, associadas ao magmatismo básico conhecido como Formação Sardinha de idade cretácea. Este magmatismo recorta arenitos devonianos da Formação Cabeças, borda nordeste da Bacia do Parnaíba, no município de Piripiri e adjacências. Assim, foram realizados trabalhos de campo que envolveram a descrição de 201 afloramentos e coleta de cerca de 70 amostras, das quais, 17 foram feitas seções delgadas e 4 seções polidas, que posteriormente, foram estudadas ao microscópio convencional. Adicionalmente, foi selecionado três amostras, sobretudo, das rochas básicas e do minério de ferro, para estudo de microscopia eletrônica de varredura (MEV), visando a identificação de algumas fases minerais, principalmente a das fases óxidos. As ocorrências de ferro apresentam-se sob duas formas: um platô magnetítico, de aspecto fragmentário ou brecha autoclástica, composto por fragmentos centimétricos de magnetita maciça, granulação fina, homogênea, em meio a matriz limonítica, com estruturas de fluxo, sobrepostos a arenitos da Formação Cabeças; e a outra, disseminada, em porções apicais alteradas das rochas básicas, que se encontram sob forma de blocos rolados, centimétrico/decimétricos, mas com forte magnetismo, sustentando pequenas morrarias. O conjunto de dados petrográficos juntamente com informações de campo e análises MEV permitiram relacionar essas mineralizações ao magmatismo básico Sardinha, sugerindo processos de imscibilidade e diferenciação magmática na sua formação.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica