AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE PROTETORA DE LICANIA TOMENTOSA BENTH CONTRA TOXICIDADE HEPÁTICA INDUZIDA POR ETANOL EM ROEDORES

Resumo

A espécie vegetal Licania tomentosa, encontrada no semiárido brasileiro é conhecida por suas propriedades medicinais, atribuídas à presença de fitoquímicos, como flavonoides e taninos, substâncias reconhecidas pelo seu alto poder antioxidante. No presente estudo, o extrato etanólico seco das sementes de L. tomentosa foi avaliado quanto a sua capacidade hepatoprotetora in vivo, uma vez que mecanismos antioxidantes são responsáveis pela homeostase do tecido hepático, que constantemente elimina substâncias geradas tanto pelo próprio metabolismo como exógenas. Com o intuito de analisar essa premissa, ratos Wistar foram tratados com o extrato (100 e 200 mg/kg) ou silimarina (100 mg/kg) por 14 dias consecutivos, com administração de uma dose única de etanol (5 g/kg) no 15º dia para induzir injúria hepática aguda. Amostras sanguíneas e hepáticas foram coletadas para a realização de testes bioquímicos de dosagem enzimática, peroxidação lipídica e de análise histológica, com intuito de verificar danos estruturais e nos processos metabólicos hepáticos dos animais. A dosagem das enzimas AST, ALT, ALP e LDH apresentou valores dentro da normalidade e sem diferença estatística entre os grupos, o mesmo se aplicou aos testes antioxidantes TBARS e DPPH. Por sua vez, os testes histopatológicos não evidenciaram diferenças na arquitetura dos hepatócitos. Através da análise dos resultados, foi possível inferir que o quadro de estresse oxidativo não foi instaurado nos grupos experimentais, sendo necessária a reestruturação do protocolo. Em virtude da não ocorrência do estímulo nocivo, é difícil avaliar a propriedade protetora do extrato. Contudo, estudos revelam que compostos fenólicos identificados nas sementes de L. tomentosa, como ácido gálico e quercetina, possuem essa habilidade. Logo, acredita-se, que após uma nova bateria experimental, a hepatoproteção se mostre evidente (baixa peroxidação lipídica e níveis próximos da normalidade para as enzimas hepáticas). Agradecimentos CNPQ