AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA EM HOMENS VIVENDO COM HIV

Autores

  • Francisco Jose de Almeida Neto
  • MARLI TERESINHA GIMENIZ GALVÃO
  • ODALEIA DE OLIVEIRA FARIAS
  • Marli Teresinha Gimeniz Galvao

Resumo

As pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA) muitas vezes sofrem com o estigma e o preconceito relacionados a sua condição, além disso o tratamento prolongado e a cronicidade da doença marcam profundamente o individuo, afetando o seu bem-estar físico, social e mental. Esses fatores podem contribuir negativamente para a saúde mental dessas pessoas afetando sua identidade e autoestima. Este estudo teve como objetivo avaliar a autoestima de homens vivendo com HIV/aids. Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado em dois ambulatórios especializados no atendimento de indivíduos com HIV em Fortaleza - CE, com 80 homens que foram atendidos no período de janeiro de 2017 á fevereiro de 2018. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas individuais, utilizando a Escala Autoestima de Rosenberg (EAR) para avaliação da autoestima, uma escala do tipo Likert, constituída por dez itens com conteúdos relacionados aos sentimentos de respeito e aceitação de si mesmo. A pontuação total dessa escala pode variar de 10 a 40. Segundo esse instrumento, maior pontuação indica maior autoestima. Realizou-se análise descritiva, por meio de das frequências absoluta e relativa. A idade média dos entrevistados foi de 35 anos, o tempo médio de escolaridade foi de 12 anos e com tempo médio de diagnóstico de 4 anos. A pontuação média da escala foi de 30,0 pontos com valor mínimo de 19 e máximo de 36 pontos. O domínio que apresentou menor média de pontuação (2,66) foi “Eu gostaria de poder ter mais respeito por mim mesmo” e o de maior média de pontuação (3,42) foi “Eu acho que eu tenho várias boas qualidades ”. Os valores obtidos são semelhantes ao de um estudo realizado em Ribeirão Preto - SP com 167 homens com HIV. Nota-se que a autoestima se encontra elevada entre a maioria dos participantes do estudo, fator que pode ser motivador no enfrentamento e na adesão ao tratamento.Agradecimentos ao CNPq pela concessão da bolsa.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica