AVALIAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS ASSOCIADAS AO BENZNIDAZOL NO LABORATÓRIO DE PESQUISA EM DOENÇA DE CHAGAS (LPDC)

Autores

  • Eduardo de Jesus Santana
  • ALANNA CARLA DA COSTA
  • VANESSA ELLEN VIEIRA RIBEIRO
  • CARLOS EDUARDO MENEZES VIANA
  • JULIETH MESQUITA LACERDA
  • Maria de Fatima Oliveira

Resumo

A doença de Chagas (DC), causada pelo Trypanosoma cruzi, é uma enfermidade de caráter crônico. O Benznidazol (BZ), única droga disponível no Brasil para tratar a DC, é muito tóxico e capaz de apresentar uma série de reações adversas ao medicamento (RAMs) que podem levar ao abandono do tratamento. O objetivo desse estudo é avaliar o número de reações adversas dos pacientes atendidos no laboratório de Pesquisa em Doença de Chagas (LPDC) da Universidade Federal do Ceará (UFC). Trata-se de um estudo retrospectivo realizado através da análise das fichas arquivadas no LPDC. O estudo foi realizado no período de janeiro de 2016 até junho de 2018, que constou de um total de 45 pacientes que fizeram uso de Benznidazol. Durante o período de estudo foram detectados 165 RAMs em 45 pacientes. Os tipos de reações mais prevalentes foram o prurido com 18 (10,9%), dor de cabeça com 17 (10,3%), urticária com 11 (6,67%), descamação da pele e diminuição do apetite ambos com 10 (6,06%). Essas reações foram classificadas entre leve a moderada, já que na maioria das vezes o paciente continua o tratamento, sendo que na descamação e urticária o paciente pode fazer o uso de antialérgico para minimizar os transtornos ocasionados. As reações mais intensas e frequentes que levou a suspensão do tratamento foram o formigamento nos membros (9), dor nas articulações (8), dor no estômago (9) e fraqueza (8). Em 2017, foram observadas 72 reações adversas em 14 pessoas. Os resultados mostraram que o BZ induziu vários tipos de reações adversas e elevados índices de RAMS, os quais levou a suspensão do tratamento de alguns pacientes. Diante desses resultados, conclui-se que acompanhamento farmacoterapêutico é de grande importância no tratamento porque minimiza o sofrimento dos pacientes com reações, fazendo intervenções no sentido de melhorar a qualidade de vida dos mesmos.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica