AVALIAÇÃO DE SINTOMAS MOTORES E NÃO MOTORES EM UM MODELO DE PARKISONISMO EXPERIMENTAL INDUZIDO POR ROTENONA EM RATOS.
Resumo
A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em idosos e é caracterizada pela perda progressiva dos neurônios dopaminérgicos da substância negra, levando a uma grave redução dos níveis de dopamina, resultando em diversos sintomas motores e não motores. A rotenona é comumente utilizada como pesticida e mimetiza diversos sintomas da DP. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a progressão de sintomas motores e não motores induzidos pela administração intraperitoneal (i.p) de rotenona em ratos. Ratos Wistar machos foram administrados com rotenona (2,75mg/kg i.p.) ou veículo (DMSO + óleo de girassol, i.p.) por 21 dias. Os resultados mostraram que após 14 e 21 dias de administração a rotenona foi capaz de induzir déficit motores na exploração horizontal, vertical e velocidade média no teste do campo aberto; prejuízos na coordenação motora no teste do rotarod e déficits na estabilidade postural no teste do cilindro modificado. O déficit observado após 21 dias no rotarod foi responsivo à apomorfina, um agonista dopaminérgico. A rotenona também induziu déficits não motores após 21 dias de tratamento com a rotenona, como: prejuízo olfatório no teste do pellet enterrado, comportamento tipo-depressivo no teste de preferência por sacarose, déficits na memória de trabalho no teste do labirinto em Y e na memória aversiva no teste da esquiva passiva. O déficit olfatório no teste do pellet enterrado também foi observado após 7 dias de administração de rotenona e o comportamento tipo-depressivo no teste da sacarose após 14 dias. A rotenona também diminuiu o esvaziamento gástrico no teste do vermelho fenol e o conteúdo de dopamina e DOPAC no corpo estriado. Assim o modelo da DP induzido por rotenona pode constituir um bom modelo de parkinsonismo englobando sintomas motores e não motores, podendo ser utilizado na busca novas de novas substâncias neuroprotetoras, bem como para a compreensão da patogênese dessa doença. Apoio financeiro: CNPq.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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