AVALIAÇÃO DO MÉTODO DE POUSIO NA RECUPERAÇÃO DE CAATINGA DESERTIFICADA.
Resumo
A degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e sub-úmidas, caracterizada pela perda das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo e da cobertura vegetal, é causada por uma associação de fatores antrópicos e mudanças climáticas. O Ceará tem 80% do seu território sob clima semiárido e já apresenta regiões em desertificação avançada. Várias medidas para a prevenção e mitigação da desertificação na Caatinga são estudadas. Considerando a importância ecológica e socioeconômica do bioma Caatinga, a compreensão da dinâmica da desertificação é imprescindível para o aprimoramento dos esforços para deter sua expansão. Este estudo analisa regiões da Caatinga em Irauçuba-CE em um gradiente de preservação (nativa, pousio de 18 anos e desertificada) focando em algumas variáveis edáficas (umidade, pH e teor de matéria orgânica) e averiguando a estrutura das comunidades microbianas por eletroforese em gel de gradiente desnaturante (DGGE), com o intuito de compreender como a desertificação afeta os fatores estudados e averiguar a capacidade restauradora do método de pousio. Os resultados mostram que os solos mais conservados, das áreas nativas e de pousio, apresentam maiores riquezas de unidades taxonômicas operacionais (UTOs), bem como a presença de táxons exclusivos. As análises das variáveis edáficas evidenciam respostas diferentes, com exceção do pH que se manteve estável; o solo em pousio apresentou matéria orgânica compatível ao solo nativo, enquanto sua umidade se manteve similar à Caatinga desertificada. As análises de diversidade corroboram a capacidade restauradora do pousio, observando-se um aumento na diversidade nos solos mais conservados. Em conclusão, observa-se um potencial restaurador considerável na prática do pousio.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
Licença
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