AVALIAÇÃO DO PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO E CARACTERIZAÇÃO QUANTO AOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM PACIENTES AMBULATORIAIS COM ARTRITE REUMATÓIDE EM HOSPITAL DE ENSINO

Autores

  • Emannuel Pinheiro Sartori
  • MARIANNE URBANO DA SILVA
  • PALOMA ARAÚJO DE LIMA
  • BRUNA ESMERALDO OLIVEIRA
  • MIRIAN PARENTE MONTEIRO
  • Marta Maria de Franca Fonteles

Resumo

A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune, inflamatória, sistêmica, crônica e de etiologia desconhecida, que está associada à disfunção articular progressiva e que pode acarretar um comprometimento geral no estado funcional dos pacientes. Este trabalho objetivou avaliar o perfil farmacoterapêutico quanto aos fatores de risco cardiovasculares e problemas relacionados aos medicamentos dos pacientes ambulatoriais com AR atendidos em Unidade de Cuidados Farmacêuticos da Farmácia Ambulatorial de um hospital de ensino de Fortaleza-Ceará. Trata-se de uma pesquisa-ação descritiva, longitudinal e prospectiva. Os resultados demonstraram que, dos 19 pacientes acompanhados, 84,2% era do sexo feminino (n=16) e com idade superior a 50 anos. A maioria não praticava atividades físicas (78,94%; n=15) e 36,84% (n=7) tinham sido diagnosticados em um período de 16 anos ou mais. Ao início do acompanhamento farmacoterapêutico (AFT) foram identificados 51 problemas relacionados a medicamentos (PRM), com 67% destes considerados potenciais. Os PRM de efetividade (tipo 4) e segurança (tipo 5), foram os de maior prevalência, com 31% (n=16), cada. Das 161 intervenções farmacêuticas sugeridas, predominou a orientação sobre o uso do medicamento (77,64%; n=125). Quanto às doenças associadas, 52,63% (n=10) tinham dislipidemia (DLP), 42,11% (n=8) possuiam hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 26,32% (n=5) Diabetes mellitus (DM). Foi avaliado o risco cardiovascular de 7 pacientes, dos quais 57,14% (n=4) foram considerados com nível alto. A correlação do escore de risco cardiovascular com a atividade inflamatória da doença não apresentou diferença estatisticamente significante. Os achados desse estudo sugerem que o AFT, através das intervenções farmacêuticas, pode ser eficaz para resolução de PRM. Também, mostram-se necessárias estratégias de educação em saúde e criteriosa monitorização dos fatores de riscos cardiovasculares, visando seu controle e redução na presença de AR.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica