BIOMARCADORES IMUNOLÓGICOS COMO PARÂMETROS PARA AVALIAR O RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE HANSENÍASE EM JOVENS ABAIXO DE 16 ANOS DE IDADE

Autores

  • Darlan Brasileiro de Araujo
  • ANDRESSA ALMEIDA ALBUQUERQUE
  • FRANCISCA ANIELE MOREIRA ALENCAR
  • FERNANDO HENRIQUE DE CASTRO PEDROZA
  • ALEXANDRE CASIMIRO DE MACEDO
  • Aparecida Tiemi Nagao Dias

Resumo

O Brasil é o segundo país com maior incidência de hanseníase no mundo. Embora o número de novos casos indiquem uma redução, os dados não representam a realidade. Um grande desafio é estabelecer ferramentas laboratoriais que possam ser úteis para identificar pessoas com maior risco de desenvolver a doença após infecção subclínica. Assim, é necessário considerar a utilidade de biomarcadores em dois aspectos. O primeiro aspecto está relacionado à identificar indiretamente a presença de M. leprae na comunidade e o segundo com a capacidade de determinar marcadores associados ao desenvolvimento da doença. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UFC. O estudo foi dividido em três projetos. No primeiro, os níveis de IgA, IgG e IgM anti-glicolipídio fenólico-1 (anti-PGL1) foram determinados em pacientes com hanseníase (n = 64) e em controles não-endêmicos (n = 17). Entre isotipos de IgM sérica e IgA observou-se uma forte correlação em pacientes MB (multibacilar) e uma moderada em relação a pacientes PB (paucibacilar). Foi encontrada uma associação moderada entre anti-PGL1 IgA e IgM. O segundo projeto teve como objetivo analisar os anticorpos salivares anti-PGL-1 IgA e IgM em crianças (n = 169) de 4 a 16 anos de idade, que viviam nas proximidades ou na casa de pacientes com hanseníase MB ou PB em dois municípios de Alagoas. O terceiro projeto teve como objetivo realizar um estudo de seguimento de 3 anos em crianças e jovens com menos de 16 anos de idade, por exame dermato-neurológico e por títulos de biomarcadores imunológicos na saliva e soro uma vez ao ano. Até agora, foi possível diagnosticar 14 casos de hanseníase. Parâmetros imunológicos alterados foram úteis para diagnosticar, quando a lesão era quase inaparente. O trabalho nos permitiu concluir que o uso de biomarcadores imunológicos em saliva e soro é extremamente útil no seguimento de contatos de hanseníase. Agradecimento à Universidade Federal do Ceará como órgão financiador.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica