BIOPROSPECÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS EM ORGANISMOS MARINHOS DO LITORAL DO CEARÁ: MACROALGA VERMELHA HYPNEA MUSCIFORMIS.

Autores

  • Beatriz Emilly Alves Reboucas
  • THALYANNE MENDES PAULA
  • KAROLINA COSTA DE SOUSA
  • MÁRCIA BARBOSA DE SOUSA
  • SILVANA SAKER-SAMPAIO
  • Silvana Saker Sampaio

Resumo

Algas marinhas contêm compostos bioativos de interesse científico. O objetivo foi determinar compostos fenólicos totais (CFT), flavonoides (TF), atividade antioxidante e fitotóxica contra sementes de Cucumis sativus. A rodófita Hypnea musciformis, coletada em setembro/2017 na Praia do Pacheco-CE, foi lavada, liofilizada, triturada e pesada. A biomassa foi extraída em hexano (Hx), 1:10 (p/v), com agitação por 24 h. Após a extração, o solvente foi filtrado, o resíduo re-extraído por mais 24 h, filtrado e evaporado. A extração continuou com acetato de etila (AcOEt) e metanol (MeOH). Os rendimentos foram 0,612% (Hx), 0,191% (AcOEt) e 0,873% (MeOH). A determinação de CFT foi feita com Folin-Ciocalteu em 765 nm e de TF, com AlCl3 em 425 nm. A capacidade de sequestro do DPPH, poder de quelação de íons ferrosos (FIC), poder de redução de íons férricos (FRAP) e atividade inibitória do branqueamento do β-caroteno (BCB) foram determinados nos extratos e controles positivos nas concentrações de 0,05 a 1 mg/mL e expressos em %. DPPH foi determinado em microplacas em 517 nm. FIC foi feito com FeCl2 e ferrozina em 562 nm. FRAP foi determinado com ferricianeto de potássio e FeCl3 em 700 nm. BCB foi determinado em microplacas em 470 nm. A fitotoxicidade foi feita com dez sementes tratadas com os extratos (100 µg/mL), controles positivo e negativo e durou 192 h, sendo o índice de germinação (IG) calculado com o número de sementes germinadas e o comprimento das radículas. CFT foi 161,1 ± 7,5 (Hx), 274,0 ± 6,2 (AcOEt) e 90,0 ± 4,6 (MeOH). Não foi detectado TF em Hx e MeOH, em AcOEt foi 680,8 ± 0,8. DPPH variou mais no AcOEt (13,98 ± 4,41 a 23,93 ± 9,94). FIC alcançou valor máximo de 98% (MeOH), próximo ao do EDTA. A atividade do FRAP foi baixa nos três extratos. BCB ficou entre 76% e 85%. Hx (57,33) e AcOEt (50,65) foram tóxicos. MeOH (80,75) não exibiu toxicidade, possuindo talvez compostos benéficos à maturação. Como outras algas marinhas, a H. musciformis tem potencial biológicos.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica