CARACTERIZAÇÃO DA DOR EM MODELO DE LESÃO PÓS-TRAUMÁTICA DO MANGUITO ROTADOR EM CAMUNDONGOS
Resumo
Objetivos: Lesão do manguito rotador (LMR) é a lesão tendínea mais frequente em pacientes ortopédicos, responsável por dor e limitação funcional dos ombros. O tratamento da dor em LMR é insatisfatório, motivando intervenção cirúrgica nos casos refratários. Inexistem modelos experimentais para estudo da dor em LMR. Nesse estudo, padronizamos um modelo experimental para avaliar a hipernocicepção (dor) pós-LMR. Método: Grupos de camundongos Swiss foram submetidos à incisão do deltóide E para transecção do tendão do supraespinhoso (grupo LMR) ou apenas do deltóide (sham). O ombro D, sem intervenção, foi controle. Avaliou-se a dor pelo teste de von Frey eletrônico, aplicado na pata dianteira E, diariamente nos 15 primeiros dias e depois 2x/sem, até 49d. Grupos receberam indometacina (2mg/kg, sc), 1400W (1mg/kg, sc; inibidor óxido nítrico sintase indutível), morfina (1mg/kg, sc) ou infliximabe (10µl, i.art.; anticorpo anti-TNF). Resultados: O grupo LMR desenvolveu hipernocicepção (P<0,01) em relação ao sham e controle, por até 49 dias. Indometacina, 1400W e morfina reduziram a dor significantemente (p<0,05), mas infliximabe não. Conclusão: Essa é a primeira caracterização da hipernocicepção em modelo de LMR pós-traumática. A dor é multimediada, com participação de produtos da cicloxigenase e óxido nítrico, além de opióides. O TNF não parece mediar a dor nesse modelo de LMR. O padrão de lesão e resposta a analgésicos clássicos mimetiza a lesão do ombro doloroso, possibilitando estudo da fisiopatologia da LMR.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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