CARACTERIZAÇÃO DE UM AÇO SAE 1020 APÓS ALGUNS TRATAMENTOS TÉRMICOS

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo comparar as diferenças entre microestruturas e propriedades de um aço SAE 1020 após os tratamentos térmicos de normalização, têmpera e têmpera intercrítica. Três amostras de um mesmo material foram tratadas termicamente. Uma amostra foi normalizada, outra temperada e outra temperada com revenimento na zona intercrítica, e após as análises metalográficas e ensaios de dureza Vickers, foi possível concluir que a amostra normalizada apresentou uma microestrutura ferrítica com ilhas de perlita fina, a amostra temperada a 900ºC apresentou microestrutura martensítica e a amostra temperada na zona intercrítica formou microestrutura bainítica em uma matriz ferrítica.Tais resultados, de fato, condizem com informações presentes na literatura. Além disso, pode-se afirmar que a amostra que apresentou maior dureza foi a temperada, visto que, a martensita é extremamente dura e frágil, com todo carbono aprisionado em solução sólida. Esse carbono em excesso distorce a estrutura cristalina e ocorrem mudanças nas propriedades mecânicas. No caso da têmpera com revenimento, produz-se a microestrutura de martensita revenida, que proporciona a melhor combinação de resistência mecânica/dureza e tenacidade. Seus valores de dureza em Vickers foram intermediários dentre os três tratamentos realizados. Já no caso da normalização, o objetivo é refinar o grão, obtendo-se uma microestrutura mais homogênea, havendo maior tempo para a difusão do carbono e menor dureza dentre todos os procedimentos. Estes experimentos são de extrema importância no contexto de uma economia de mercado bastante dependente do aço para inúmeras atividades, pois é possível controlar a qualidade dos produtos e evitar falhas em serviço.