CARACTERIZAÇÃO DO RUÍDO ESTELAR EM ESTRELAS DE BAIXA MASSA OBSERVADAS PELA MISSÃO KEPLER DA NASA

Autores

  • Hugo Ferreira Alves
  • BRÍCIO WARNEY DE FREITAS ALVES
  • DANIEL BRITO DE FREITAS
  • Daniel Brito de Freitas

Resumo

Uma série temporal pode ser definida como um conjunto de observações de uma variável dispostas sequencialmente no tempo. A investigação de séries temporais no contexto astrofísico possibilita um amplo estudo de casos científicos que inclui desde a atividade magnética até o nível do ruído estelar. Estas séries são obtidas, principalmente, por telescópios espaciais construídos com o objetivo de fazer a observação a partir da coleta de fótons. Entre estas missões podemos destacar as que buscam por Exoplanetas, em especial a missão CoRoT e a missão Kepler, que juntas já monitoraram mais de 240.000 estrelas. Hoje já foram confirmados mais de 3.600 Exoplanetas, 2.650 oriundos do satélite Kepler. Com essa grande quantidade de dados a comunidade científica se empenha em desenvolver ferramentas computacionais que possam identificar dentre essas séries temporais aquelas que apresentem as características de interesse. Com isso, o principal objetivo é isolar as componentes periódicas, que carregam informações relevantes, das componentes atribuídas ao ruído. Na grande maioria dos trabalhos encontrados na literatura em astrofísica, a componente do ruído é tratada como um processo Markoviano (Gaussiano), o que elimina a possibilidade de encontrar outras componentes periódicas que poderiam aparecer dentro da amplitude do ruído. Nosso trabalho foi desenvolvido para atender essa demanda, analisando e identificando os diversos tipos de ruídos presentes em um conjunto de séries temporais e buscando tratá-los isoladamente de forma que surja a possibilidade de encontrar componentes periódicas dentro desta faixa, o que podemos considerar uma melhora na capacidade e precisão na análise das séries temporais astrofísicas. Nossos resultados apontam que existe uma família de frequências dentro do background do ruído que podem atrapalhar no diagnóstico da assinatura de um exoplaneta. Essas frequências se manifestam dentro do intervalo esperado para os exoplanetas com curto período orbital.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica