CARACTERIZAÇÃO METABÓLICA DA MICROALGA DICTYOSPHAERIUM PULCHELLUM CULTIVADA EM BIORREATOR

Autores

  • Giancarlo Lavor Cordeiro
  • DANILO CAVALCANTE DA SILVA
  • DANIEL VASCONCELOS DA SILVA
  • LIANGE RECK
  • KELMA MARIA DOS SANTOS PIRES CAVALCANTE
  • Kelma Maria dos Santos Pires Cavalcante

Resumo

Nos últimos anos, as indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia vêm investindo na produção de bioprodutos a partir de microalgas, uma fez que esses organismos são fontes de lipídios, proteínas, polissacarídeos, pigmentos e aminoácidos. O objetivo deste trabalho foi quantificar lipídios e ácidos graxos da microalga Dictyosphaerium pulchellum cultivada em efluente de tilápia. Os experimentos foram instalados no laboratório de Planctologia do Centro de Biotecnologia Aplicada à Aquicultura da UFC, em reatores tipo erlenmeyer, em triplicata. O meio de cultura sintético Chu #10 medium foi utilizado como controle. A extração de metabólitos foi realizada com uma mistura de solventes orgânicos (metanol-clorofórmio), com volume reduzido. Os compostos apolares foram derivatizados por catálise ácida e a caracterização da biomassa da microalga foi realizada através da concentração de ácidos graxos saturados e compostos de cadeia curta por cromatógrafo a gás equipado com detector de ionização em chama. A microalga D. pulchellum apresentou 7,2% de lipídios em efluente de tilápia e 4,2% em meio padrão Chu #10 medium. A caracterização metabólica de D. pulchellum cultivada em efluente de tilápia apresentou os seguintes ácidos: undecanoico (C11:0), cáprico (C12:0), tetradecanoico (C14:0), pentadecanoico (C15:0), hexadecanoico (C16:0), palmitoléico (C16:1), heptadecanoico (C17:0), heptadecenóico (C17:1), esteárico (C18:0), (C18:1n9c), linoleico (C18:2n6c), γ-linolênico (C18:3n6), α-linolênico (C18:3n3), eicosanóico (C20:0), gadoleico (C20:1) e docosahexaenóico (C22:6n3). Esse perfil demonstrou que a microalga em estudo, cultivada em efluente de tilápia, não é apropriada para produção de biocombustíveis, porém pode ser considerada uma alternativa para suplementação da dieta de peixes, pois 46,3% do percentual é rica em ômega 3, 6 e 9, nutrientes considerados essenciais.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica