CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE CAPÍTULOS FLORAIS DE EGLETES VISCOSA (L.) LESS (ASTERACEAE) (MACELA-DA-TERRA) PARA FINS FARMACÊUTICOS.

Autores

  • Jose Wilker Moraes Vieira
  • ANDREZA MACIEL ROCHA
  • MARIANA DE OLIVEIRA BÜNGER
  • RITA DE CÁSSIA ALVES PEREIRA
  • KIRLEY MARQUES CANUTO
  • Maria Izabel Gallao

Resumo

A Egletes viscosa (L.) Less (Asteraceae) é um vegetal herbáceo, silvestre, amargo, aromático, anual, comum no Nordeste brasileiro e que geralmente é encontrado abundantemente próximo às margens de lagoas, açudes, cursos d’água, após o baixar das águas. Geralmente é comercializada para usos medicinais, combatendo principalmente problemas gastrointestinais, agindo como protetor da mucosa do estômago por meio de chá ou infusão. Estudos anteriores discriminaram dois quimiotipos dos quais são identificados pelas substâncias químicas acetato trans-pinocarveíla e seu isômero acetato cis-isopinocarveíla. Além disso, estudos genéticos revelaram oito polimorfismos que diferenciam os quimiotipos. Apesar da distinção química e genética, os capítulos dos dois quimiotipos secos comercializados apresentam aparência similar, e são vendidos sem nenhuma distinção. Portanto, esse trabalho propõe a caracterização morfológica dos capítulos florais de E. viscosa afim de fornecer subsídios científicos para a produção agrícola e o controle de qualidade da sua matéria-prima destinada a fins farmacêuticos. Neste trabalho, a estereomicroscopia captou estruturas externas e a microscopia óptica captou estruturas anatômicas com o auxílio de corantes com afinidade às estruturas basófilas. Os resultados apontaram pequenas diferenças morfológicas nas amostras, principalmente nos tricomas glandulares, sendo esses os que possuem importância farmacológica por apresentarem as substâncias químicas para esse fim. Entretanto, é necessário que sejam utilizadas microscopias que apontem de forma eficaz a morfologia desses tricomas e a presença das substâncias químicas em seu interior. Por fim, a identificação da posição das estruturas secretoras presentes nos órgãos reprodutivos foi realizada, incrementando assim, informações importantes referentes à morfologia externa da espécie. Com isso, tende-se a otimizar a extração das substâncias que possuem importância farmacológica e econômica.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica