CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE: DESVENDANDO A CIRCUNSTÂNCIA DAS PERSONAGENS ALEKO E RASKÓLNIKOV

Autores

  • JoÃo Victor Isaias Miranda
  • Odalice de Castro Silva

Resumo

A Literatura Russa do século XIX teve um grande repertório de personalidades escritoras e de obras que souberam recriar (como um todo) as condições mais profundas e hediondas do ser humano. Além dela, a Literatura Francesa e Alemã também tiveram seus destaques. Fiódor Dostoiévski, autor de obras consagradas pelo cânone Ocidental, recebeu grande influência destas duas, com foco especialmente para Schiller, Balzac e Victor Hugo. No entanto, com exceção do alemão, Balzac, Hugo e, principalmente, Dostoiévski tiveram o prazer de serem contemporâneos de um grande escritor russo: Aleksandr Púchkin. Aleko, personagem da peça "Os Ciganos" (1827), é um jovem "civilizado" no meio de um grupo de peregrinos; Raskólnikov, de Crime e Castigo (1866), é um jovem estudante no meio da grande (e sombria) S. Petersburgo. Ambos estão isolados de seu convívio familiar por suas próprias circunstâncias, e, tragicamente, são estas que selam os seus destinos. No trabalho em questão, estabeleceremos uma conexão entre "civilização" e "barbárie", um dos temas propostos por Edgar Morin em Cultura e Barbárie Européias (2005). Também usaremos A personagem de Ficção (1963) e "O escritor e o público", extraído de Literatura e Sociedade (1965), de Antonio Candido, com o poema "Os Ciganos", A. S. Púchkin, além de traçarmos um elo com Crime e Castigo e "Discurso a respeito de Puschkin" (1880), de Dostoiévski, a fim de introduzir os estudos sobre a sociedade russa do século XIX. Em seguida, relacionamos o conceito de circunstância de José Ortega y Gasset em Meditações do Quixote (1914) em ambas as obras. Por fim, concluímos que a importância deles (o que foram e o que são) para a Rússia gira em torno da liberdade, que Púchkin tanto lutava em favor.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica