CLIMA URBANO E DENGUE EM FORTALEZA

Autores

  • Juliana Rodrigues Alves
  • JÉSSICA FREITAS e SILVA
  • LIDIA GOMES DE CASTRO
  • Maria Elisa Zanella

Resumo

O município de Fortaleza apresenta condições climáticas e socioeconômicas que favorecem a proliferação do mosquito da dengue, em virtude das características da precipitação, da umidade e da temperatura associadas à organização urbana da cidade, a qual possui ocupações em áreas de vulnerabilidade socioambiental e falta de saneamento básico. O objetivo da pesquisa foi analisar o clima urbano, as condições socioambientais, e a distribuição espacial dos índices de infestação predial da dengue e sua relação com os casos de dengue nos diferentes bairros de Fortaleza – CE. Verificou- se que a mesma apresenta variabilidade de precipitação intra e interanual com a maior concentração de chuvas no primeiro semestre do ano, as temperaturas se mantêm elevadas devido à proximidade com a linha do Equador e a umidade relativa se mantém acima dos 70% por estar localizada no litoral do estado do Ceará. Para a execução do trabalho foram adquiridos dados de variáveis atmosféricas, epidemiológicas e socioeconômicas, sendo confeccionados mapas, gráficos e realizado um levantamento do Índice de Infestação Predial (IPP), para identificar como os quadros de infestação do vetor da dengue, estão relacionados à ocorrência da doença. Pôde-se perceber que os casos de dengue durante os anos estudados (2007 a 2016) se encontravam em sua grande maioria distribuídos nas regiões Nordeste, Sudoeste e Sul de Fortaleza, onde estão localizadas as áreas mais periféricas da cidade e mais desprovidas quanto a urbanização. Com clara desigualdade espacial das condições socioeconômicas, no que diz respeito às condições físicas de saneamento, as regiões periféricas são as mais precárias, segundo os indicadores de renda, moradia, abastecimento de água, esgoto e coleta de lixo. Os dados socioeconômicos desses locais precários se relacionam com os maiores índices de casos da dengue.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica