COLÔNIAS QUE HABITAM COLÔNIAS: ANÁLISE DE SUSCEPTIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS DE BACTÉRIA COLETADA DE FORMIGA

Resumo

COLÔNIAS QUE HABITAM COLÔNIAS: ANÁLISE DE SUSCEPTIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS DE BACTÉRIA COLETADA DE FORMIGA. No ambiente hospitalar, as formigas podem representar um veículo no deslocamento de microrganismos. No entanto, na natureza, esses artrópodes são sempre lembrados por viverem em grandes colônias com milhares de indivíduos intimamente relacionados. O grande problema é que, superando em número a quantidade de indivíduos do próprio formigueiro, ainda existe o deslocamento desses microrganismos do ambiente antrópico para a natureza e vice-versa, podendo ser tão danoso quanto o deslocamento de microrganismos em hospitais. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é analisar a susceptibilidade a antibióticos de uma colônia de bactérias coletada de uma formiga em ambiente natural, próximo a um ambiente urbanizado. O estudo foi realizado no Laboratório Didático de Microbiologia, na Universidade Federal do Ceará. Em laboratório, após caracterização macro e microscópica da colônia e provas bioquímicas, como teste de peroxidase e degradação de carboidratos, foi realizado um Teste de Susceptilidade a Antibióticos (antibiograma) medindo a susceptibilidade da bactéria a Ampicilina, Teicoplanina, Trimetropim, Ácido Nalidíxico, Cloranfenicol, Sulfanamida e Rifampicina. Foi verificado que a colônia possui formato circular, plano e odor característicos e as bactérias são gram-positivas, além disso, é peroxidase, lactose e galactose positiva. Quanto ao antibiograma, a bactéria apresentou resistência a Ampicilina, Teicoplanina e ao Trimetropim. Possivelmente, o contato com distúrbios e ambientes antrópicos influenciou na seleção dessa bactéria, mas também, a própria associação natural de formigas com fungos, em suas colônias, pode ser significativa.