COMPARAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANTICORPOS ENTRE PACIENTES COM HANSENÍASE E CONTATOS

Autores

  • Fernando Henrique de Castro Pedroza
  • DARLAN BRASILEIRO DE ARAÚJO
  • ALEXANDRE CASIMIRO DE MACEDO
  • CAMILLA DOS SANTOS MATEUS
  • Aparecida Tiemi Nagao Dias

Resumo

Introdução: O Brasil é o segundo país com o maior número de casos novos de hanseníase no mundo, sendo registrados 29.995 casos novos em 2017, com uma taxa de detecção de 12,73 por 100 mil habitantes. Objetivo: Comparar os níveis séricos de IgA, IgM e IgG anti-PGL-1 em pacientes hansênicos e controles. Metodologia: Amostras de sangue foram colhidas de 54 pacientes, 32 multibacilares (MB) e 22 paucibacilares (PB), e de 17 indivíduos saudáveis, que estiveram em contato com doentes, para compor o grupo controle. A análise sorológica para anti-PGL-1 foi realizada por meio do teste ELISA e a análise estatística foi realizada utilizando os programas GraphPad Prism e GrapPad Instant. Resultados: Pacientes MB apresentaram títulos de IgM muito mais altos em relação aos controles. O resultado para IgG foi similar, e para IgA, ambos os tipos de pacientes apresentaram níveis mais altos do que os controles. Foram determinados os valores de cut-off em 1,1 para IgA e 1,2 para IgM e IgG. As sensibilidades diagnósticas de anti-PGL-1 sérico para IgA, IgG e IgM em pacientes PB foram de 40,9%, 22,7% e 59,1%, e para os pacientes MB foram de 53,1%, 21,9% e 81,3%, respectivamente. A especificidade diagnóstica foi de 100% para IgA e IgG, e 88,2% para IgM. Considerando as formas clínicas de modo geral, as sensibilidades diagnósticas para IgA, IgG e IgM foram de 50%, 22,2% e 74,1%, respectivamente. Além disso, foram estimados os valores preditivos positivos (VPP) e negativos (VPN) para cada anticorpo (intervalo de confiança 95%), sendo 100% (87%-100%) e 38,7% (24,4%-54,5%) para IgA, 100% (87%-100%) e 28,8% (17,8%-42,1%) para IgG, 95,2% (83,8%-99,4%) e 51,7% (32,5%-70,6%) para IgM. Conclusão: Os pacientes apresentam títulos elevados em relação aos indivíduos saudáveis e os pacientes MB tendem apresentar níveis mais altos que os PB, sugerindo uma relação diretamente proporcional entre os níveis de anticorpos com a evolução clínica da doença. Agradecimento a Universidade Federal do Ceará.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica