COMPORTAMENTO ANTI-PROFISSIONAL NO TRABALHO EM HOSPITAL PÚBLICO: FREQUÊNCIA E PRINCIPAIS CONDUTAS CARACTERÍSTICAS

Resumo

Comportamento destrutivo em saúde é um espectro de condutas desrespeitosas adotadas por trabalhadores de saúde no ambiente de prática, podendo se manifestar como incivilidade, violência psicológica ou violência física/sexual. Objetivou-se identificar os tipos de comportamentos anti-profissionais vivenciados por trabalhadores do contexto hospitalar, bem como sua frequência de ocorrência. Estudo transversal e quantitativo desenvolvido em hospital público de Fortaleza-CE, com 100 profissionais, sendo 64 trabalhadores de enfermagem e 36 de outras profissões da saúde. Aplicaram-se o questionário Jonhs Hopkins Disruptive Clinician Behavior Survey – Versão Brasileira e questionário sóciodemográfico. Este resumo reúne os achados da subescala 1 do instrumento (que mede tipo e frequência do comportamento anti-profissional). A escala é likert de frequência (nunca a diariamente). Na análise, foram calculadas frequências, médias e desvios padrão das assertivas. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE: 54414916.0.0000.5040). A equipe apresentou-se predominantemente feminina (76%), sendo a maioria da categoria enfermagem (64%), com carga horária média de trabalho de 45 horas, atuantes em diferentes áreas do hospital, entre unidades clínicas, cirúrgicas e terapia intensiva. Como resultados do questionário, encontrou-se médias abaixo de 3, indicando que comportamentos antiprofissionais não são comumente percebidos pelos participantes do estudo, destacando-se os tipos: Conflito (2,64±1,19); Linguagem Autoritária/Humilhação/Jogo de Poder (2,4±1,16); Intimidação/Ameaça/Assédio (2,19±1,26); Comportamento Passivo-Agressivo (2,65±1,33); Violência Física (1,32±0,75); Desrespeito Profissional (2,36±1,25); Grosseria/Desrespeito (2,89±1,36). Diante do exposto, sugere-se que comportamentos anti-profissionais ocorrem raramente na instituição, sendo a grosseria e o desrespeito condutas mais preocupantes, por aproximarem-se da frequência mensal de ocorrência.