DEGRADAÇÃO DE RODAMINA B UTILIZANDO A FERRITA CUFE2O4 COMO CATALISADOR HETEROGÊNEO

Autores

  • Icaro Oliveira Moreira
  • CARLOS PEDRO GONÇALVES DO NASCIMENTO
  • ELISANE LONGHINOTTI
  • TIAGO MELO FREIRE
  • PIERRE BASÍLIO ALMEIDA FECHINE
  • Elisane Longhinotti

Resumo

O processo de Fenton, um dos principais processos oxidativos avançados (POA’s), tem sido amplamente utilizado na degradação e mineralização de contaminantes orgânicos em águas, uma vez que consiste em um processo simples, de custo relativamente baixo, fácil operação (pressão atmosférica e temperatura ambiente) e alta velocidade de oxidação. Esse processo consiste na geração de radicais HO•, responsável pela degradação, pela ativação do H2O2 por Fe2+ em solução. O processo de Fenton heterogêneo, no entanto, tem sido mais estudado ultimamente por apresentar vantagens como a remoção do catalisador do meio após o processo, bem como a capacidade de reutilização em outros ciclos catalíticos. Nessa perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo utilizar a ferrita CuFe2O4 como catalisador heterogêneo do tipo-Fenton para promover a degradação de rodamina B, um importante corante de xanteno catiônico, amplamente empregado na indústria têxtil e que tem se tornado um poluente comum, sendo relatado que sua descarga no meio ambiente causa toxicidade crônica tanto nos seres humanos como em animais. O sistema catalítico foi constituído pela solução do corante, CuFe2O4 como catalisador heterogêneo, H2O2 como gerador de radicais HO• e hidrazina, para acelerar o ciclo redox desses metais. Os testes catalíticos foram realizados à temperatura ambiente, apresentando uma taxa de degradação de rodamina B > 99% após 20 min de reação. Em função de suas propriedades magnéticas, CuFe2O4 foi facilmente removido do sistema após as reações e reutilizado por mais quatro ciclos sem apresentar perda significativa da atividade catalítica. Os testes catalíticos mostraram que a ferrita CuFe2O4 pode ser aplicada no tratamento de efluentes contendo corantes como rodamina B, tendo em vista sua alta eficiência em pouco tempo de reação e, sobretudo, sua capacidade de reutilização por vários ciclos catalíticos, minimizando custos. Agradecimento ao CNPq, pelo suporte financeiro.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica