DETERMINAÇÃO DO TEOR DE LAPACHOL POR CLAE NO ELIXIR DE PAU D’ARCO PRODUZIDO PELO NUFITO.

Autores

  • Tiago Araujo de Freitas
  • ALEKSANDRA BARROSO GOMES
  • ANGELICA REGINA LIMA BRASIL
  • SAID GONÇALVES DA CRUZ FONSECA
  • MARY ANNE MEDEIROS BANDEIRA
  • Mary Anne Medeiros Bandeira

Resumo

Introdução: O Pau D’arco (“Ipê-Roxo”) é utilizado pela medicina tradicional como antiinflamatória, analgésica, antibiótica e antineoplásica. Pesquisas revelam que a planta tem um efeito pronunciado sobre o câncer, atribuída em grande parte ao lapachol, quimicamente identificado como uma naftoquinona. Esta planta faz parte da Relação Estadual de Plantas Medicinais do Ceará. O Lapachol é uma hidroxi-naftoquinona substituda, 2-hidróxi-3-(3-metil-2-butenil)-1,4-naftalenodiona descoberto e estudado desde o século passado. Foi isolado primeiramente do lenho da arvore argentina, lapacho, Tabebuia avellanedae Lor. (Bignoniaceae), por E. Paterno. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo conhecer a concentração de lapachol no elixir de Pau D’arco, produzido pelo NUFITO (Núcleo de Fitoterápicos do Ceará), através de Cromatografia liquida de alta eficiência (CLAE), com o intuito de verificar a qualidade do produto. Metodologia: Para o doseamento de lapachol no elixir de Pau D’arco por CLAE, utilizou-se metodologia analítica desenvolvida por Fonseca et al., 2003. As condições da corrida foram: Cromatografia de fase reversa usando coluna C18 Resultados: A análise por CLAE demonstrou que o teor de lapachol no Elixir de Pau D’arco roxo produzido pelo NUFITO é 40 µg/ml. sendo quantidade inferior aos valores descritos na literatura para ação farmacológica esperada para o produto que, da forma e concentração em que está apresentado vem sendo utilizado por pacientes com câncer, demonstrando melhora no quadro clínico e qualidade de vida.Conclusão: Mesmo que a quantidade de Lapachol presente no elixir não seja a preconizada pela literatura para garantir ação farmacológica, vem se consagrando como um importante auxílio como coadjuvante no tratamento de câncer. Este fato justifica as observações de que o lapachol purificado é menos ativo que o extrato bruto da planta, ou seja, o complexo fitoterápico, sugerindo um sinergismo de ações dos outros componentes.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica