DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CONTROLE INEFICAZ DA SAÚDE: VALIDAÇÃO DOS FATORES RELACIONADOS EM INDIVÍDUOS CELÍACOS

Autores

  • Jorgiana Cavalcanti dos Santos
  • JORGIANA CAVALCANTI DOS SANTOS
  • PATRICIA FERNANDES CHAVES
  • Nirla Gomes Guedes

Resumo

O objetivo geral deste estudo foi validar clinicamente os fatores relacionados (FR) do diagnóstico de enfermagem (DE) Controle ineficaz da saúde (CIS) em indivíduos com doença celíaca. Estudo transversal, realizado com 83 celíacos, de ambos os sexos, residentes no Ceará, no período de maio a setembro/2017, por meio de entrevista. Para a análise dos dados, utilizou-se método de Classe Latente e um modelo de regressão logística. Empregou-se os testes: Wald, Omnibus, Hosmer-Lemeshow, R2 de Cox & Snell e R² de Nagelkerke. Todas recomendações da resolução nº 466/2012 foram cumpridas. A maioria dos participantes eram do sexo feminino, declararam religião que faz uso de alimento com glúten em rituais, tinham ocupação remunerada, residiam em Fortaleza (regionais II e IV), não tinham filhos, possuíam plano de saúde. Verificou-se que metade dos celíacos possuíam até 33 anos de idade, renda per capita de R$ 2.333,33, moravam três pessoas na residência, possuíam diagnóstico da doença celíaca há 48 meses e participavam de associação de apoio há 24 meses. A prevalência do DE CIS foi de 55,69%. Os FR Benefício percebido (p=0,034 e OR=0,298) e Demandas excessivas (p=0,013 e OR=0,304) apresentaram associação estatística com o DE. Na ausência desses FR os celíacos tiveram aproximadamente 70% menos probabilidade de desenvolver CIS. De acordo com a regressão logística, os celíacos com FR Regime do tratamento complexo (p=0,011), Depressão (p=0,034) e Demandas excessivas (p=0,049), apresentaram, respectivamente, chance de 4,48; 3,29; e 2,81 para o desenvolvimento do CIS. Esses FR, em conjunto, influenciam em 22,5% o estabelecimento do CIS. Acredita-se que esse estudo possa contribuir para ampliar publicações na temática, planejamento do cuidado do indivíduo celíaco e colaborar em ações e estratégias precoces frente às comorbidades e/ou complicações.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica