DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA CHIKUNGUNYA NO CEARÁ DE 2014 A 2017.

Autores

  • Anna Karolyne Martins de Mesquita
  • WANDERVANIA GOMES NOJOZA
  • ADRIANA ROCHA SIMIÃO
  • LUCIANO PAMPLONA DE GÓES CAVALCANTI
  • Luciano Pamplona de Goes Cavalcanti

Resumo

A Chikungunya é uma arbovirose que tem como vetor o Aedes aegypti e é causada pelo arbovírus da família Togaviridae. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. A doença se caracteriza por quadros de febre associados à dor poliarticular intensa e debilitante, cefaleia e mialgia. Embora possua alguns sintomas semelhantes aos da dengue, chama a atenção a poliartrite/artralgia simétrica (principalmente punhos, tornozelos e cotovelos) durante a fase aguda da doença. O objetivo deste estudo foi descrever a tendência sociodemográfica e clínica de chikungunya no estado do Ceará no período de 2014 a 2017. No Ceará, houve aumento exponencial no número de casos suspeitos. Do total de casos confirmados, a maioria era do sexo feminino (provavelmente devido a uma maior busca pelos serviços de saúde pelas mulheres), residentes na zona urbana e da raça/cor parda. As doenças pré-existentes mais frequentes foram hipertensão e diabetes. Os sinais clínicos mais referidos segundo os registros foram febre, cefaleia, artralgia e mialgia. Em 2017, houve um incremento de 288% no total de número de óbitos registrados pelos serviços de saúde do Ceará em relação ao ano anterior com predomínio no sexo masculino acima de 70 anos. Embora a chikungunya não seja uma doença de alta letalidade,estes índices reforçam a gravidade da doença no estado, uma vez que possui caráter epidêmico com elevada taxa de morbidade associada à artralgia persistente.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica