DYONÉLIO MACHADO: ONDE ESTÃO SEUS LEITORES?

Autores

  • Marcelo da Costa Cavalcante
  • Odalice de Castro Silva

Resumo

O presente trabalho traz reflexões a respeito da recepção crítica da obra de Dyonélio Machado (1895-1985) em três momentos: sua estreia no gênero romance com Os Ratos, em 1935, obra que pôs o autor em evidência no meio literário, tornou-se um marco na literatura brasileira, cujo narrador adere à perspectiva limitada do personagem central, o funcionário público Naziazeno Barbosa, que precisa conseguir cinquenta mil reis para pagar o leiteiro. A falta de receptividade para Passos Perdidos, de 1946, romance que compõe com Desolação, lançado em 1944, e O Louco do Cati, em 1942, certa unidade por trazerem o tema da repressão e o personagem Manico Manivela, resultando na desistência do autor em procurar editoras e publicar, provocou em grande medida seu ostracismo, e finalmente, o reconhecimento de sua obra no final da década de 1970 com a reedição das suas obras, e dando início à publicação de obras inéditas. Apesar de ter o nome reconheci pelo romance Os Ratos, Dyonélio Machado é autor de dezenove títulos e estreou na literatura em 1928 com um livro de contos, Um pobre homem. A maior parte dessas obras está fora de edição. O trabalho tomará como apoio teórico as teorias de Antônio Candido, “sistema literário”, em “Formação da literatura brasileira” (1959) e Hans-Robert Jauss, “estética da recepção”, em “A História da Literatura Como Provocação à Teoria Literária” (1994), juntamente com outras apreciações críticas publicadas em alguns jornais e revistas especializadas de grande circulação.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica