EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO FÍSICO NA FADIGA DOS PACIENTES PÓS-TRANSPLANTE HEPÁTICO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Resumo

Introdução: Os pacientes após transplante de fígado passam por um ciclo de fadiga levando a inatividade, o que induz a uma redução da aptidão física e consequentemente uma maior fadiga. Isso proporciona um déficit na condição funcional e na qualidade de vida (QV) desses pacientes. Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de reabilitação física na fadiga dos pacientes pós-transplante hepático em um hospital universitário. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado, realizado no Hospital Universitário Walter Cantídio, no período de agosto de 2017 a junho de 2018, com pacientes com 30 dias de pós-operatório de transplante de fígado. Os pacientes foram randomizados em dois grupos: treinamento físico (GT) e intervenção educativa com orientações sobre exercício físico (GE) com duração de 1 mês. Após a intervenção, os pacientes foram avaliados quanto ao questionário de qualidade de vida, escala de ansiedade e depressão, escala de severidade da fadiga. Resultado: Foram avaliados 8 pacientes sendo que 5 pertenceram ao grupo treinamento físico (GT) e 3 pertenceram ao grupo educação com orientações sobre exercício físico (GE). Todos pacientes eram do sexo masculino com idade média de 54±6,7 anos. O índice de massa corpórea foi de 16,1±13,8. Metade dos pacientes relataram comorbidades sendo a mais comum diabetes. Após a intervenção o nível de fadiga no GT foi menor em relação ao GE, no entanto não houve significância estatística (1,8±0,4 vs 2,4 ±1,4; p=0,3). Também não foi observado diferença estatisticamente significante quanto a qualidade de vida nem ansiedade e depressão. Conclusões: Os pacientes pós-transplante hepático quando submetidos a um treinamento físico não apresentaram diferença significativa quanto a fadiga quando comparados ao grupo educativo.