Andre Diogo Cabral Maia, Ricardo Brito Soares
Indivíduos desempregados possuem várias estratégias de reinserção no mercado, dentre elas a consulta a amigos e familiares, o registro em agências oficiais de emprego como o SINE, a procura direta ao empregador, concurso, propaganda e outros. Este artigo busca captar a eficiência relativa dos métodos declarados de busca por emprego no mercado de trabalho brasileiro para um trabalhador com dificuldades de colocação imediata no mercado de trabalho. Essa eficiência é medida pela probabilidade de o indivíduo sair da condição de desempregado para o mercado formal ou informal, e é estimada através de um modelo logit multinomial, com dados coletados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de 2003 a 2013, do IBGE. O indivíduo desempregado é acompanhado por três meses seguidos, admitindo combinações dos canais de procura entre os diversos métodos disponíveis, e verifica-se a nova situação ocupacional um mês depois decorrente do canal declarado, qual a sua nova situação ocupacional. Como resultados, obtêm-se que uma variação nos canais de procura produz efeitos estatisticamente significantes, e que, dado o mesmo esforço, dentre os canais mais eficazes os que geram melhor resultados são contatar empregadores diretamente, agências de emprego e também anúncios, para aqueles que mantém o mesmo canal de busca. Outros atributos importantes para a inserção no mercado formal foram ter um curso profissional, já ter experiência em outro emprego, ser homem ou chefe de família e ter um maior nível educacional. Portanto, observa-se que, no geral, os canais mais utilizados são aplicações diretas a empregadores e consultar amigos e familiares, sendo a eficácia desses métodos aumentada quando há diversificação nas vias de busca por emprego.
Palavras-chave: Modelo Logit Multinomial. Canais de Procura. Estado Ocupacional. Eficácia.
Encontros Universitários da UFC, Fortaleza, v. 3, 2018
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